Salário: para repor a inflação, empresas precisam parcelar o reajuste dos funcionários (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)
Luiza Calegari
Publicado em 12 de setembro de 2016 às 08h03.
São Paulo - Confira as principais novidades do mercados desta segunda-feira (12):
Negociações salariais difíceis aumentam reajustes parcelados
O número de casos em que empregados precisam recorrer à Justiça para garantir os reajustes salariais tem aumentado, segundo levantamento do Valor Econômico.
As disputas têm resultado, quase sempre, na garantia de reposição da inflação, mas cada vez mais é necessário parcelar os reajustes, de acordo com desembargadores.
Governo quer refazer concessões de rodovias e aeroportos de Dilma
O governo Temer quer refazer as licitações de rodovias e aeroportos feitas durante a gestão de Dilma Rousseff que não estejam cumprindo os contratos, segundo a Folha de S.Paulo.
A proposta deve ser levada já à reunião inaugural do Conselho da PPI (Programa de Parceria em Investimentos), a "secretaria de privatizações" do governo.
Efeito Lava Jato abre espaço para construtoras médias
A Lava Jato fez ruir o caráter de concentração do mercado da construção, e agora, enquanto as gigantes do setor balançam, empresas médias crescem a ritmo chinês.
Esta mudança pode trazer novas configurações para o mercado e fazer com que as grandes empresas tenham cada vez menos espaço, segundo especialistas.
Montadoras e revendas cortam 200 mil vagas
A crise que atingiu as montadoras de automóveis já levou a demissão de mais de 200 mil pessoas, entre funcionários das próprias fábricas, do setor de autopeças e das concessionárias.
O número ainda tende a aumentar, já que estão abertos programas de demissão voluntária na Volkswagen em Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR).
União faz aporte de R$ 970 milhões na Eletrobras
A Eletrobras informou que a União, seu acionista controlador, ingressou com recursos na companhia, no montante de R$ 970 milhões, a título de adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC).
Em abril, a União já havia entrado o valor de R$ 1 bilhão na estatal, por meio de outro AFAC.
Após renegociar dívida, Usiminas agora foca no operacional
A renegociação das dívidas com os credores japoneses abriu caminho para a Usiminas focar em melhorias operacionais, de acordo com o Valor Econômico.
A intenção da empresa é buscar eficiência de custos, melhorar mix e volume de vendas e reajustar preços, se necessário, para garantir a geração de caixa.
BNDES pode ficar de fora de votação sobre plano da Oi
O BNDES, único credor com garantia real da Oi, pode ficar de fora da votação sobre o plano de recuperação judicial da operadora.
Segundo o Valor Econômico, além de ter R$ 3,34 bilhões a receber da empresa, o banco também é acionista, com 4,63% do capital total por meio do BNDESPar.
Para a Gol, cenário da aviação não parou de piorar
O presidente da Gol afirmou, em entrevista ao Valor Econômico, que a o ritmo de queda da demanda por aviação diminuiu, mas disse que não é possível prever a partir de que momento o setor vai voltar a crescer.
Paulo Kakinoff refletiu ainda que o impeachment de Dilma, por si só, não é suficiente para a retomada do crescimento econômico.
Popularidade de Snapchat ainda não virou lucro
O aplicativo Snapchat, avaliado em US$ 20 bilhões é uma das startups de tecnologia mais valiosas do mundo, mas a empresa ainda não conseguiu transformar a popularidade em lucro.
A estimativa da empresa é atingir um faturamento de US$ 250 milhões a US$ 350 milhões em 2016 — em 2015 foram US$ 59 milhões.
Câmara decide hoje cassação de Eduardo Cunha
A Câmara dos Deputados vai votar hoje a cassação de Eduardo Cunha, que renunciou à presidência da casa em julho.
Dez meses após o início da tramitação do processo no Conselho de Ética, a sessão foi marcada para uma segunda-feira, dia da semana em que os parlamentares habitualmente estão em agenda nos seus estados.
Por isso, a primeira grande dúvida é se haverá quórum suficiente para que a cassação seja votada.