Dyogo Oliveira: ministro interino do Planejamento, que era da equipe de Dilma, deve ser o primeiro a cair no governo Temer (Valter Campanato/Agência Brasil)
Luiza Calegari
Publicado em 31 de agosto de 2016 às 07h37.
São Paulo - Confira as principais novidades do mercados desta quarta-feira (31):
Votação do impeachment começa hoje às 11h; placar indica cassação
A votação do julgamento final do impeachment no Senado será retomada hoje às 11h, segundo o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que está conduzindo o processo.
Em seus discursos, 44 senadores se disseram a favor da cassação, 14 contra e um não se posicionou. Na sondagem da Folha de S.Paulo, são 54 a favor do impeachment; para o Estadão, são 55.
São necessários, no mínimo, 54 votos para que a cassação seja aprovada. Se isso acontecer, Dilma Rousseff fica inelegível por oito anos.
Temer quer tirar Dyogo Oliveira do Planejamento
Após a aprovação do impeachment no Senado, Michel Temer quer trocar o ministro interino do Planjamento Dyogo Oliveira, que era da equipe de Dilma Rousseff e assumiu a pasta às pressas após escândalos envolvendo Romero Jucá.
Segundo o Valor Econômico, Temer considera o Planejamento como um ministério da gestão, e prefere a liderança total de Henrique Meirelles, ministro da Fazenda.
Rombo do governo chega a R$ 51 bi no ano
O governo central teve um deficit de R$ 51 bilhões nos sete primeiros meses deste ano, o pior resultado para o período desde 1997. Só em julho, as perdas somaram R$ 18,5 bilhões.
A situação só tende a piorar, já que, historicamente, o primeiro semestre é mais forte na arrecadação e o segundo semestre, nos gastos. A meta do governo é fechar o ano com rombo de R$ 170,5 bilhões.
Petrobras deve liberar US$ 11 bi com venda de fatia de Carcará
A venda da participação em Carcará para a norueguesa Statoil vai dar à Petrobras até US$ 11 bilhões para pagar dívidas ou investir em outros projetos que prometem gerar renda mais rapidamente.
A Petrobras vendeu sua participação de 66% no projeto em julho por US$ 2,5 bilhões. Mas a venda também vai livrar a empresa da necessidade de investir sua parcela do custo total de desenvolvimento da área, estimado entre US$ 12 bilhões e US$ 13 bilhões.
MPF conclui análise do desastre da Samarco em setembro
O MPF deverá publicar no próximo mês sua posição sobre o rompimento da barragem da mineradora Samarco em Mariana, Minas Gerais.
"A forca tarefa (do MPF) está neste momento concluindo a análise dos documentos que foram elaborados durante a investigação", afirmou o procurador da República e membro da força-tarefa do MPF, Eduardo Santos de Oliveira.
BNDES pode divulgar nova política para energia renovável
O BNDES deve apresentar em duas semanas suas novas políticas de financiamento a energias renováveis, disse a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum.
"Em duas semanas vão publicar a condição operacional do banco para o setor de renováveis e de eólica", disse Elbia, que contou ter participado de reunião no BNDES na segunda-feira.
Gol espera continuar crescendo na América Latina
Com presença cada vez maior na América Latina, a Gol espera continuar a crescer na região graças a uma maior atuação na América do Sul - especialmente no Cone Sul e na Bolívia - e sem se descuidar do mercado caribenho, disse o vice-presidente de Vendas e Marketing da companhia aérea, Eduardo Bernardes.
A Argentina é um dos países onde a companhia mais registrou aumento de operações nos últimos tempos, da mesma forma que ocorreu em Uruguai, Chile, Paraguai e Bolívia.
JHSF recebe 5 ofertas pelo shopping Tucuruvi
O shopping Tucuruvi, da JHSF, recebeu cinco propostas de compra. Segundo o Valor Econômico, elas foram feitas pela BR Malls, Fundo Soberano de Cingapura, Hemisfério Sul Investimentos, Multiplan e Vinci.
A JHSF pode receber cerca de R$ 500 milhões pela venda. A expectativa é que o negócio seja fechado nos próximos 45 dias.
Câmara conclui votação da lei sobre a dívida dos estados
Vinte dias após a votação do texto-base, a Câmara concluiu na noite desta terça-feira (30) a votação do projeto de Lei Complementar 257/2015, que trata da renegociação da dívida dos Estados.
Os três destaques apresentados por deputados do PT foram rejeitados e o texto do relator, deputado Esperidião Amin (PP-SC), foi mantido. Agora, o acordo ainda precisa passar pelo crivo do Senado.
Com demora no ajuste, queda nos juros pode ficar para 2017
A equipe econômica do interino Michel Temer já trabalha com a possibilidade de que a taxa de juros só caia no ano que vem, de acordo com a Folha de S.Paulo.
No início do ano, a expectativa era de que a Selic já começasse a baixar em outubro. Se as medidas de ajuste forem aprovadas rapidamente, no entanto, ainda é possível contar com uma queda ainda neste ano.