Linha de transmissão elétrica em Itaipu (Divulgação)
Luiza Calegari
Publicado em 26 de agosto de 2016 às 08h04.
São Paulo - Confira as principais novidades do mercados desta sexta-feira (26):
Senado entra no segundo dia de julgamento do impeachment
O Senado retoma hoje o julgamento final do impeachment de Dilma Rousseff, no segundo dia de depoimentos das testemunhas.
Serão ouvidos o consultor jurídico Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, a ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck, o ex-secretário-executivo do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa e o professor deDireito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Ricardo Lodi Ribeiro.
Lua de mel do mercado com Temer chega perto do fim
Segundo economistas do setor privado e analistas do mercado ouvidos pelo Valor Econômico, a "lua de mel" do mercado com Michel Temer está chegando ao fim.
Após a aprovação definitiva do impeachment e a efetivação dele na presidência, os investidores esperam uma atitude mais firme nas negociações com o Congresso.
Eletrobras pode voltar a ter dividendos em 2017
A Eletrobras pode voltar a distribuir dividendos no ano que vem, segundo o Valor Econômico, se terminar 2016 com lucro líquido, mesmo que seja devido à indenização pelas concessões de 2012.
No primeiro semestre, a estatal contabilizou lucro de R$ 8,9 bilhões, em grande parte graças à indenização pelas concessões renovadas antecipadamente em 2012. O dinheiro só começará a ser pago em 2017.
Plano de demissões da Petrobras tem mais de 6 mil inscritos
A Petrobras contabilizou até o momento cerca de 6.100 adesões ao seu plano de desligamento voluntário lançado em abril e tem a expectativa de que o número aumente ainda mais até o fim deste mês, quando termina o prazo de inscrições.
Quando lançou o plano, a petroleira explicou em uma nota que, em um cenário em que todos os 12 mil empregados se inscrevessem, a empresa teria um custo de 4,4 bilhões de reais com demissões e uma economia de 33 bilhões de reais até 2020.
Uber perde, ao menos, US$ 1,2 bilhão no primeiro semestre
O Uber registrou uma perda de pelo menos US$ 1,27 bilhão no primeiro semestre do ano, de acordo com a Bloomberg. Do primeiro para o segundo trimestre, a receita líquida da companhia subiu 18%, para US$ 1,1 bilhão.
Ainda segundo a agência, o Uber revelou durante a teleconferência que mudou a forma como o UberPool - ferramenta mais barata de carona compatilhada - é contabilizado na receita da empresa no segundo trimestre, o que melhorou as contas.
Camargo Corrêa troca comando após Lava Jato
A Camargo Corrêa está intensificando uma transição de comando para adotar um novo modelo de governança, depois dos escândalos da Lava Jato e do pagamento de R$ 804 milhões em acordo de leniência.
Vitor Hallack deixará a presidência do conselho de administração do grupo após dez anos no cargo, e ainda não tem um substituto.
A ideia, daqui para a frente, é transformar a empresa em uma holding de investimentos.
CNI pede fim de "duopólio" em frete para o Chile
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) quer que o governo de Michel Temer denuncie um tratado de 1974 com o Chile que praticamente criou um duopólio na rota marítima de comércio entre os dois países.
Apenas duas empresas atuam na região, ambas subsidiárias dos grupos alemães Hamburg Sud e Hapag Lloyd: a brasileira Aliança e a chilena CSAV.
Crise muda hábitos de consumo no país, mostra estudo
A crise econômica fez com que 24% dos brasileiros vendessem bens para pagar dívidas e 19% mudassem de casa para reduzir custos, segundo um levantamento da CNI.
Ainda segundo a pesquisa, 48% das pessoas passaram a usar mais o transporte público, 34% cancelou o plano de saúde e 14% tiraram os filhos da escola particular.
BC aprova uso de LCI e LCA para compor reserva dos bancos
O Banco Central anunciou mudanças nas regras de gerenciamento de risco de crédito pelas instituições financeiras, permitindo o uso de letras de crédito imobiliário (LCI) e de agronegócio (LCA) e outros títulos como colaterais para atender requerimentos de capital.
Segundo a autoridade monetária, desde que atendidas certas condições, também serão admitidos como mitigadores instrumentos como títulos de empresas, cotas de fundo de investimento e títulos de securitização seniores.
PGR pode voltar a negociar delação da OAS
A Procuradoria-Geral da República não descarta uma retomada das negociações de um acordo de delação premiada com Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, segundo o Valor Econômico.
A delação foi suspensa depois do vazamento de assuntos envolvendo menção ao ministro do STF José Dias Toffoli, ainda na fase preliminar do acordo.