Marcelo Odebrecht: executivo deve dizer que alertou Dilma sobre investigações da Lava Jato, mas não foi ouvido. (Rodolfo Burher/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2016 às 09h02.
São Paulo - Confira as principais novidades do mercado desta terça-feira (21):
Odebrecht admitirá que controlava caixa dois para Dilma
No acordo de delação premiada na Lava Jato, o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht vai admitir que controlava pessoalmente os recursos legais e ilegais transferidos para as campanhas presidenciais de Dilma Rousseff, segundo a Folha de S.Paulo.
O jornal garante que alertou a presidente sobre as investigações aos pagamentos feitos pela Odebrecht a João Santana, 24 dias antes de Marcelo ser preso, mas que a presidente não teria lhe dado ouvidos.
Pedido de recuperação judicial da Oi é o maior da história
A empresa de telefonia Oi protocolou um pedido de recuperação judicial que inclui R$ 65,4 bilhões em dívidas.
O valor é o maior já pedido no país – o recorde, até então, era da OGX, do empresário Eike Batista, de R$ 11,2 bilhões, feito em 2013.
Bancos têm exposição relevante à Oi
Os bancos brasileiros têm exposição relevante à operadora de telefonia Oi, de acordo com o Valor Econômico. Na oferta de renegociação que foi rejeitada, a empresa informava que devia R$ 16,86 bilhões a diferentes bancos.
Além disso, a Oi também afirmou ter mais R$ 10,1 bilhões em garantias bancárias, relacionadas, em grande parte, a processos judiciais que enfrenta.
Vale negocia venda de ativos com asiáticas, dizem fontes
A Vale está negociando com empresas mineradoras da Ásia a venda de uma participação minoritária em seus ativos de minério de ferro no Brasil, que poderiam atingir US$ 7 bilhões, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
A maior produtora de minério de ferro do mundo também deve considerar “acordos de streaming”, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as discussões são privadas. Nenhum negócio foi fechado e as negociações podem não resultar em acordo
Volkswagen deixará de fabricar mais de 40 modelos
A Volkswagen irá deixar de produzir mais de 40 modelos de automóveis do seu portfólio, segundo o jornal alemão Handelsblatt. “A decisão de quantos modelos serão descontinuados ainda não foi tomada”, disse uma fonte ao veículo.
Em contrapartida, a maior montadora da Europa anunciou semana passada que iria investir bilhões em 30 novos modelos de carros elétricos nos próximos 10 anos.
Eletrobras se defende em ação nos EUA
A Eletrobras voltou a pedir o indeferimento de todas as ações movidas contra a companhia em ação coletiva em Nova York, de acordo com o Valor Econômico.
No pedido, a Eletrobras tenta desmentir a imagem de que esteja atravessando uma crise análoga à da Petrobras, avaliando que investigadores ignoram "diferenças essenciais entre os casos".
México adiciona US$ 1,5 bi à receita anual da Braskem
A produção de polietileno em um novo complexo petroquímico no México, que será inaugurado na quarta-feira, vai acrescentar US$ 1,5 bilhão ao faturamento anual da Braskem.
O complexo já começou a operar em março, com atraso de cerca de três meses. A unicade pode produzir 1,05 milhão de toneladas por ano de polietileno, segundo o Valor Econômico.
Grupo Dasa volta às compras após 5 anos
A Dasa anunciou a compra do Laboratório Gaspar, no Maranhão, por R$ 59,4 milhões, depois de cinco anos sem novas aquisições, de acordo com o Valor Econômico.
A aquisição marca a entrada da Dasa no Maranhão e amplia a presença no Nordeste, onde a empresa já tem unidades em Ceará, Pernambuco e Bahia.
JPMorgan ajudará Gol em restruturação, dizem fontes
A Gol Linhas Aéreas Inteligentes contratou o JPMorgan Chase & Co. para ajudar empresa a obter a aprovação de credores em sua reestruturação de US$ 780 mi em notas de dívida externa, disseram duas pessoas com conhecimento direto do assunto.
O JPMorgan vai ajudar a Gol a falar com investidores de varejo, disse uma das pessoas que pediu para não ser identificada porque o assunto não é público.
O PJT Partners se mantém como consultor financeiro da Gol.
Acordo com Estados custará R$ 50 bilhões ao governo
O governo federal chegou finalmente a um acordo com os Estados sobre as dívidas destes com a União, mas a proposta aprovada custará R$ 50 bilhões aos cofres públicos nos próximos três anos.
As parcelas mensais foram suspensas pelos próximos seis meses, o que faz com que grande parte do impacto da renúncia seja sentido ainda este ano - cerca de R$ 20 bilhões.