BNDES: equipe de Temer quer pagar de R$ 50 bi a R$ 100 bilhões da dívida do banco com o Tesouro nos próximos dois a três anos (Divulgacao)
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2016 às 07h10.
Confira as principais novidades do mercado desta terça-feira (24):
BNDES antecipará pagamentos ao Tesouro no pacote de Temer
O primeiro pacote de medidas econômicas do governo provisório, que será anunciado hoje, deve incluir a atencipação do pagamento de parte da dívida do BNDES com o Tesouro, segundo a Folha de S.Paulo.
O governo estaria estudando pagar de R$ 50 bilhões a R$ 100 bilhões nos próximos dois anos, para diminuir a dívida pública entre 1 ponto percentual e 1,5 ponto percentual.
Governo Temer enfrenta teste com Lava Jato
O otimismo do mercado com o governo interino de Michel Temer sofreu um abalo com a revelação, feita pela Folha de S. Paulo, de conversa gravada entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, na qual eles discutem sobre um pacto para barrar as investigações da Lava Jato.
Por enquanto, a reação do mercado ainda é relativamente comedida, com o dólar subindo em torno de 1,5%.
Analistas ainda têm dúvidas sobre os desdobramentos das denúncias, que envolvem um ministro que teria o papel de negociar no Congresso reformas vitais para a recuperação da confiança dos investidores, como a da Previdência.
O consenso é que os solavancos no mercado vão aumentar se as denúncias persistirem.
Governo vê dívida bruta em 73,4% do PIB com nova meta fiscal
O governo do presidente interino Michel Temer estima que a dívida bruta encerrará o ano em 73,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) ao fim deste ano, ante 66,5 por cento em 2015, na esteira do histórico rombo primário nas contas públicas para o qual busca ganhar sinal verde do Congresso Nacional.
A projeção consta em projeto de lei da nova meta fiscal, enviado nesta segunda-feira ao Legislativo.
Considerado o principal indicador da solvência de um país, a dívida pública bruta já estava em 67,3 por cento do PIB em março, conforme dados mais recentes divulgados pelo Banco Central.
Bancos públicos liberam R$ 4 bi à dona da JBS em seis meses
O grupo de investimentos J&F, que controla empresas como a JBS (Friboi) e Eldorado Celulose, recebeu R$ 4 bilhões em financiamento de bancos públicos nos últimos seis meses.
A Caixa Econômica foi o maior financiador, concedendo R$ 3,15 bilhões, sendo R$ 2,7 bilhões só para custear toda a compra da Alpargatas, que pertencia à Camargo Corrêa.
Andrade Gutierrez busca mudança depois da Lava-Jato
Para a empreiteira Andrade Gutierrez, que viu piorar os mercados ao mesmo tempo que entrava no centro dos escândalos da Lava Jato, o pior da crise já passou.
Segundo o Valor Econômico, a empresa está adotando mudanças internas, com gestão mais profissional (em um processo que deve culminar com a indicação de novo presidente para a holding em 2019) e diversificação de investimentos.
Facebook anuncia mudanças para evitar viés político
O Facebook anunciou que fará mudanças para garantir a objetividade política das publicações em destaque, embora a empresa garanta que uma investigação interna revelou não haver qualquer viés de seleção.
A equipe do Facebook será submetido a mais controles e a mais supervisão para "minimizar o risco" de viés, nos casos em que uma avaliação humana é necessária.
Petrobras conclui emissão de bônus de US$ 6,75 bilhões
A Petrobras concluiu nesta segunda-feira a oferta de 6,75 bilhões de dólares em títulos no mercado de capitais internacional, com vencimentos de 5 e 10 anos, informou a estatal.
A demanda aproximada foi 2,75 vezes e 3 vezes superior ao volume final para os prazos de 5 e 10 anos, respectivamente, com participação de 629 investidores dos Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina, disse a petroleira, em comunicado.
A companhia disse que pretende utilizar os recursos líquidos da emissão para a operação de recompra de títulos e para propósitos corporativos em geral.
Parente será nomeado após teste de integridade, diz fonte
O Conselho de Administração da Petrobras avaliou nesta segunda-feira a indicação de Pedro Parente para ocupar presidência da estatal, mas a aprovação do executivo apenas sairá após seu nome passar por um teste de integridade, afirmou uma fonte próxima da situação à Reuters.
Em reunião do colegiado nesta segunda, os conselheiros da empresa definiram um cronograma para a aprovação de Parente, uma indicação do governo federal, o acionista controlador, divulgada na semana passada.
Selo de "economia de mercado" pode levar a monopólio chinês do aço
Se a China conseguir, como pretende, obter o selo de "economia de mercado", poderá dominar o mercado da siderurgia mundial em até cinco anos, segundo reportagem do Valor Econômico.
Com a denominação, seria mais difícil que outros países entrassem com medidas contra as estratégias chinesas, e a supremacia do país no setor se aprofundaria ainda mais.
EUA caminham para a normalização de juros, diz membro do Fed
Um membro do Federal Reserve (Fed) disse nesta segunda-feira que a queda da oferta de mão de obra pressiona o aumento de preços e justifica o lento aumento dos juros.
James Bullard, membro com direito a voto do Comitê de Política Monetária (FOMC, na sigla em inglês) do Banco Central, disse em um encontro em Pequim que três fatores favorecem o aumento gradual da taxa de juros.
Ele afirmou que o mercado de emprego dos Estados Unidos está "relativamente forte"; que a inflação se aproxima da meta do Fed de 2%; e que os obstáculos internacionais estão "se diluindo".