Mercados

10 novidades sobre o mercado que você precisa saber

O novo presidente da Petrobras afirma que não haverá indicações políticas para a estatal

Petrobras: baixa provocada pela corrupção representa menos de um oitavo dos prejuízos de R$ 51 bilhões da Petrobras (Dado Galdieri/Bloomberg)

Petrobras: baixa provocada pela corrupção representa menos de um oitavo dos prejuízos de R$ 51 bilhões da Petrobras (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2016 às 07h27.

Confira as principais novidades do mercado desta sexta-feira (20):

Janot quer investigar Jucá e Renan por propina em Belo Monte

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar o ministro do Planejamento, Romero Jucá, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e os senadores Valdir Raupp e Jader Barbalho, todos da cúpula do PMDB, segundo a Folha de S. Paulo.

A suspeita é de que houve pagamento de propina para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e Janot solicitou que os quatro passem a figurar como investigados no inquérito que já apura a suposta participação do senador Edison Lobão, ex-ministro de Minas e Energia.

A linha de investigação tem como base delações como a do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) e do executivo ligado à Camargo Corrêa Luiz Carlos Martins, de acordo com a reportagem.

Só falta TCU liberar troca de multa da Oi por investimento

Após aprovação da Anatel, falta apenas a análise prévia do Tribunal de Contas da União para que a Oi faça a troca do valor de R$ 1,2 bilhão em multas por investimentos em projetos sem a garantia de retorno financeiro para a empresa, segundo o Valor Econômico.

Haverá um prazo de 30 dias para que o acordo seja celebrado após a liberação do TCU.

A expectativa da Oi é reduzir o volume de penalidades acumuladas no primeiro estágio de tramitação na agência, onde ainda não se verifica contestação sobre o valor ou motivo de sua aplicação, de acordo com o jornal.

Frustração de receita vai ser de R$ 100 bilhões, sem CPMF

A nova previsão de receita da União para 2016 será mais de R$ 100 bilhões menor do que a estimativa que está na lei orçamentária, segundo fontes ouvidas pelo Valor Econômico.

Para o cálculo, será excluída a arrecadação de R$ 10 bilhões com a CPMF, que havia sido incluída no orçamento.

Ainda de acordo com a reportagem, é um sinal de que o governo Temer não conta mais com a volta do imposto neste ano, mas a previsão incluirá outras medidas de elevação de tributos, como por exemplo uma maior progressividade do Imposto de Renda.

Câmbio e preços das commodities impulsionam lucro de empresas

Oscilações menos bruscas nos preços das commodities e um câmbio mais favorável ajudaram resultado líquido do balanço de empresas, que melhorou de forma agregada em relação ao primeiro trimestre de 2015, de acordo com o Valor Econômico.

A despesa líquida de um grupo de 261 companhias diminuiu 31,6% no período, em relação ao ano passado, e de forma conjunta a receita líquida avançou 4,8%, para R$ 312,9 bilhões, segundo a reportagem. O lucro líquido chegou a R$ 11 bilhões, alta de 31,7%.

Parente diz que não haverá indicações políticas na Petrobras

Indicado para assumir a presidência da Petrobras, o ex-ministro Pedro Parente disse que não haverá indicações políticas na estatal.

Em sua primeira entrevista após ser nomeado pelo presidente interino Michel Temer para o cargo, Parente disse ser "claro e taxativo" com relação ao assunto. Segundo ele, esta é a "orientação clara" de Temer.

Elogiando a gestão atual de Aldemir Bendine à frente da empresa, o engenheiro disse que a decisão de aceitar o convite para o posto não foi um processo simples.

Ilan esfria apostas em corte iminente de juros

O mercado financeiro pisou no freio nas apostas mais otimistas sobre a retomada dos cortes de juros. Até a semana passada, as projeções do mercado futuro apontavam redução já em julho.

Agora, agosto passou a ser o mês mais provável para o início do ciclo.

Analistas questionam se Ilan Goldfajn terá uma inclinação maior do que a atual diretoria do BC para cortar a taxa Selic. A alta dos juros futuros nos últimos dias coincidiu com o anúncio de Ilan como substituto de Alexandre Tombini, feito na terça-feira pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Também recentemente, contudo, surgiram outros fatores que impactaram o mercado, como números mais salgados da inflação, as notícias apontando para um déficit fiscal ainda maior do que o inicialmente previsto em 2016 e a pressão sobre o dólar causada pelas expectativas de alta dos juros americanos.

Temer estuda privatizações para diminuir déficit, diz fonte

O presidente interino do Brasil, Michel Temer, está estudando a venda de ativos estatais para reforçar as contas públicas e também a realização de uma auditoria na Caixa Econômica Federal, segundo um representante do governo com conhecimento direto do assunto.

Uma força-tarefa do governo avaliará a venda de participações em empresas como Furnas Centrais Elétricas e BR Distribuidora, uma unidade da Petrobras, disse o representante, que pediu anonimato porque os planos não são públicos. A intenção é ajudar a conter o déficit, quase recorde, e melhorar a eficiência das empresas estatais.

Os planos são, até o momento, o sinal mais claro de mudança política desde a semana passada, quando o Senado afastou a presidente Dilma Rousseff, que havia ampliado o papel do governo e das empresas estatais na economia.

Cemig consegue adiar entrada de novo sócio na Light

Depois de seis meses de buscas, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) não conseguiu um investidor interessado em ser seu sócio na Light.

Mas conseguiu adiar por um ano e meio a necessidade de equacionar uma alteração na cadeia societária da distribuidora de energia que atende o Rio de Janeiro.

A Cemig procurava um investidor porque, em setembro do ano passado, o Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Redentor informou que desejava exercer uma opção de venda que possui contra a elétrica mineira de sua participação no veículo de investimento Parati, acionista da Light.

Fortuna de Carlos Slim diminui com desvalorização do peso

Os esforços do bilionário Carlos Slim para afastar seus investimentos do México não foram rápidos o suficiente para evitar sua queda no ranking das pessoas mais ricas do mundo.

Slim, 76, viu sua fortuna diminuir US$ 2,1 bilhões neste ano porque o peso mexicano registrou a maior desvalorização entre as principais moedas do mundo e no mês passado as ações de sua gigante do setor de telecomunicações, a América Móvil, sofreram a maior queda diária em oito anos. Ele agora é a oitava pessoa mais rica do mundo, depois de ter ocupado o terceiro lugar do ranking em setembro.

Slim tentou se expandir na Europa, inclusive com uma oferta recente pela espanhola Fomento de Construcciones y Contratas. No entanto, uma fatia significativa de seu patrimônio provém da América Móvil. A operadora wireless, que está enfrentando medidas antitruste em seu mercado natal, registra suas vendas em pesos, embora opere em toda a América Latina e em outros mercados, e isso pesou nos resultados.

Capitalização da Eletrobras aguarda investigação, diz Jucá

Qualquer decisão sobre injeção de capital na Eletrobras vai depender do resultado de uma investigação em andamento, disse o ministro do Planejamento, Romero Jucá, a jornalistas nesta quinta-feira.

Questionado sobre possível capitalização, Jucá disse que é preciso aguardar primeiro o processo de investigação na empresa e que esse impacto no déficit primário ainda não estava fechado.

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