Michel Temer: presidente interino vai pedir para que o rombo nas contas públicas seja maior do que os R$ 96,6 bilhões propostos por Dilma. (Valter Campanato/Agência Brasill/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2016 às 07h45.
Confira as principais novidades do mercado desta sexta-feira (13):
Temer quer permissão para rombo maior nas contas públicas
O governo interino de Michel Temer vai pedir ao Congresso autorização para que o rombo nas contas públicas seja maior que o previsto.
A presidente afastada Dilma Rousseff já tinha pedido autorização ao Congresso para fechar o ano com deficit de R$ 96,6 bilhões, e agora Temer quer aumentar ainda mais este limite.
BNDES passa para o Planejamento, e INSS para Desenvolvimento Social
Uma medida provisória publicada em edição extra do Diário Oficial transferiu o BNDES do Ministério da Indústria e Comércio Exterior para o Ministério do Planejamento.
Além disso, o INSS passou do Ministério do Trabalho para o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.
Meirelles deve anunciar hoje primeiras medidas
Henrique Meirelles deve anunciar hoje os nomes de Tarcísio Godoy, Carlos Hamilton de Araújo e Mansueto Almeida para compor a equipe econômica.
Durante a posse, Meirelles confirmou que apresentará novas medidas econômicas hoje, mas sem detalhar.
Temer diz que não é hora de falar em crise, mas em trabalhar
No primeiro pronunciamento oficial como presidente interino do país, Michel Temer chamou de “ingrato” o momento político e econômico que o Brasil vive.
No entanto, defendeu que agora não é mais hora de se falar em crise, “mas em trabalhar”. Temer disse que o maior desafio para que a economia brasileira saia da recessão “é parar o processo de queda livre dos investimentos”, sendo necessário para isso construir um ambiente propício para investidores.
Os perigos no caminho de Temer
A reação positiva do mercado ao afastamento de Dilma Rousseff, que começou a ganhar corpo em janeiro com a Lava Jato e se acelerou nesta semana às vésperas da votação do Senado, não esconde a cautela dos investidores com riscos que terão de ser enfrentados por Michel Temer, que assume hoje como presidente em exercício.
A Lava Jato e prováveis resistências às reformas são alguns destes desafios.
Petrobras registra prejuízo de R$1,25 bi no 1º trimestre
A Petrobras registrou prejuízo de 1,25 bilhão de reais no primeiro trimestre, com o resultado impactado por maiores despesas com juros e a variação cambial, em meio a queda dos preços do petróleo e recuo na produção.
O resultado veio muito pior do que o esperado pelo mercado, que tinha a expectativa de que a gigante estatal teria um lucro líquido de 3,64 bilhões de reais, segundo média apurada pela Reuters com analistas.
Eletrobras pode precisar de R$ 40 bi do Tesouro
Em situação financeira delicada, a Eletrobras pode ter a negociação de suas ações suspensa na Bolsa de Nova York e precisar de um aporte de R$ 40 bilhões do Tesouro.
A empresa até agora não apresentou seu balanço nos Estados Unidos, e o prazo termina no dia 18. A KPMG, responsável por auditar o balanço, ainda não assinou.
Operação da JBS é 1ª analisada por Comitê de Aquisições
A reestruturação societária anunciada ontem pela JBS foi a primeira analisada pelo Comitê de Aquisições e Fusões (CAF) .
Criado em agosto de 2013, e inspirado no “takeover panel“ inglês — órgão do Reino Unido encarregado de supervisionar e regular a aquisição de empresas — o CAF tem o objetivo de analisar operações societárias para evitar possíveis conflitos entre controladores e minoritários.
CSN anuncia novo reajuste de 10% para aço em junho
A CSN anunciou que fará um novo reajuste de preço do aço em junho, de 10%, pressionada por um endividamento considerado insustentável pelo mercado.
Ainda neste trimestre, segundo o Valor Econômico, a empresa vai anunciar a venda de um ativo para abater parte da dívida.
Sabesp lucra R$ 629 milhões no 1° trimestre, alta de 98%
A Sabesp teve lucro líquido de 628,8 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 97,6 por cento sobre o mesmo período um ano antes, informou a companhia de saneamento básico de São Paulo nesta quinta-feira.
Pesaram sobre o resultado o reajuste tarifário de 15,2 por cento desde junho de 2015, além de menor concessão de bônus no programa de incentivo à redução no consumo de água com impacto de 153,8 milhões de reais no primeiro trimestre, ante 211,2 milhões de reais um ano antes.