OSX tenta recorrer ao segundo empréstimo sindicalizado em sete meses após fracasso de IPO em 2010 (Marcelo Correa/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2011 às 12h12.
1 – Agenda: IGP-10, CPI e confiança nos EUA. As atenções dos investidores nesta sexta-feira estarão divididas entre os diversos indicadores da economia americana e números do Brasil. Nos Estados Unidos saem dados como a inflação ao consumidor, a produção industrial e o índice de confiança da Universidade de Michigan. Por aqui, sai o Índice Geral de Preços - 10 de abril. No calendário corporativo americano, Charles Schwab, Mattel e Bank of America divulgam resultados.
2 – Mercados: expectativas com China e dados nos EUA dão o tom. O iene sobe contra as demais moedas e as bolsas sinalizam baixa após dados na China mostrarem crescimento econômico e inflação acima do previsto, alimentando a expectativa de novas medidas de aperto na segunda maior economia do mundo. O petróleo e o cobre recuam. A presidente Dilma Rousseff disse que o governo prioriza o controle da inflação e a estabilidade fiscal. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a valorização do real continuará sendo contida.
3 – Mantega não vê necessidade de mais cortes no orçamento este ano. O governo continuará tomando medidas para conter os fluxos de capital que têm levado à valorização do real e o mercado não compreendeu seus comentários sobre a alta da moeda ser inevitável, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “O governo continuará com uma política de conter a valorização do real”, disse Mantega em uma entrevista em Washington, onde participa de reuniões no Fundo Monetário Internacional (FMI).
4 – Investidores à espera de relatório da OGX: comprar agora ou esperar? As atenções do mercado se voltam hoje (15) a OGX Petróleo (OGXP3), braço petrolífero do Grupo EBX, de Eike Batista. A empresa revelará nesta noite, após o fechamento do mercado, um relatório que atualizará os recursos potenciais de barris de óleo equivalente (boe) e que pode não apenas mudar o tamanho da empresa, mas também trazer clareza aos investidores sobre a capacidade da companhia em cumprir suas metas.
5 – T4F aprova emissão de R$ 150 milhões em debêntures em 2010. A T4F Entretenimento (SHOW3) aprovou em março de 2010 um plano de emissão de até 150 milhões de reais em debêntures, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
6 – Moody's rebaixa classificação da dívida irlandesa em 2 degraus. A agência de classificação de risco rebaixou o rating de risco da dívida da Irlanda de Baa1 para Baa3, com perspectiva negativa, o que a situa apenas um nível acima de "bônus lixo".
7 – BC está no limite da perda de credibilidade, diz Loyola. O Banco Central (BC) está no limite da perda da credibilidade, o que é muito perigoso para a missão da instituição de combate à inflação. A avaliação é do ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola, que critica a “banalização” das medidas macroprudenciais. “É importante colocar as coisas no lugar. Hoje vale tudo. Tudo é macroprudencial O livro-texto não pode ser esquecido”, diz o economista, que defende medidas tradicionais de política econômica no controle dos preços.
8 – Compre ações à prova de inflação, diz HSBC. Apesar de todas as incertezas com a inflação no Brasil, os analistas do HSBC Global Research estão otimistas com as perspectivas para a bolsa brasileira no curto prazo. No relatório "Brasil – Estratégia Trimestral", os analistas Alexandre Gartner e Francisco Vanzolini afirmam que após um primeiro trimestre de saída de recursos dos mercados emergentes, os investidores deverão iniciar um movimento de retorno que pode beneficiar países como o Brasil.
9 – OSX recorre ao mercado de crédito após fracasso de IPO em 2010. A OSX Brasil, empresa de serviços para a indústria de petróleo e de construção naval, tenta obter seu segundo empréstimo sindicalizado em sete meses. O bilionário Eike Batista, controlador da empresa, recorre ao mercado de dívida para financiar de portos a plataformas de petróleo após levantar cerca de 7,3 bilhões de dólares com vendas de ações nos últimos cinco anos.
10 – Itaú não descarta comprar restante do banco Carrefour. O Itaú Unibanco pode não se contentar com a fatia de 49% do banco Carrefour que acabou de comprar. A instituição não descarta avaliar a aquisição das ações restantes, caso haja uma oferta. “Compramos o que estava à venda. Se, no futuro, houver outra proposta do Carrefour, vamos analisar as possibilidades”, afirmou Rogério Calderón, diretor corporativo de controladoria do Itaú Unibanco, em teleconferência com jornalistas.
Bônus: Expectativas por mudança de controle mexem com Usiminas, diz jornal. As ações com direito a voto (ON) da Usiminas foram negociadas ontem a R$ 27,46, valor 57% acima do preço das preferenciais (PNA). Historicamente, as cotações das duas sempre oscilaram em níveis próximos. A preferência dos investidores pelas ONs dá uma dimensão da expectativa do mercado quanto à mudança de controle na companhia, informa reportagem do Valor Econômico.