. (Germano Lüders/Exame)
O CIO e sócio fundador da Meraki Capital, Roberto Reis, afirmou, em entrevista ao programa Papo Aberto, da EXAME Invest Pro, que a gestora está otimista com o momento e as perspectivas do mercado financeiro. "Temos produtos democráticos de investimentos, a partir de R$ 1.000. O nosso conceito era trazer os grandes investidores para a Meraki e agora poder democratizar. Ou seja, dar acesso aos pequenos e novos investidores", disse.
A entrevista a Juliana Machado, especialista em fundos da EXAME Invest Pro, foi ao ar no YouTube na última quarta-feira, 5.
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A Meraki é uma gestora independente que surgiu no segundo semestre do ano passado com o intuito de entregar retornos consistentes aos clientes, com preservação e valorização do patrimônio. A ideia saiu de de três amigos que tinham o mesmo projeto: criar uma "casa de equities" oferecendo melhores resultados aos clientes, com riscos controlados.
"Trabalho no mercado financeiro há mais de 20 anos. Trabalhei em grandes bancos e por muito tempo eu vinha com essa ideia de montar minha gestora. Dois sócios fundadores se juntaram a mim. A gente já discutia isso havia quase dez anos, mas cada um estava em um momento da vida. Na metade do ano passado, calhou de a gente discutir no meio da pandemia oportunidades de investimento. Aí decidimos colocar tudo de pé", conta Reis, que veio da Bradesco Asset Management (Bram).
Segundo o CIO (o executivo-chefe de Investimentos), um dos maiores desafios, logo de cara, foi achar o nome da asset. "Conversamos com a investidora anjo da nossa empresa e ela deu a ideia de colocar o nome de “meraki”, que é uma palavra grega que significa: 'tudo que a gente faz com a alma'. Caiu como uma luva, adoramos o nome", explica.
No fim de outubro, os sócios protocolaram o pedido de asset na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e na Anbima (a associação que reúne corretoras e gestoras). Em janeiro deste ano, a gestora já contava com todas as licenças em mãos. Atualmente, a Meraki conta com 11 sócios, mas até junho deverá ter 15 executivos no time.
"Procuramos trazer um time que já tivesse trabalhado na parte de investimento comigo. Primeiro, porque a gente queria aproveitar o que tínhamos feito em grandes bancos; segundo, porque já sabíamos como lidar um com o outro, com habilidades e fraquezas dos colegas. Procuramos ter um time entrosado. Dos 11 sócios, metade trabalhou comigo na Santander Asset e a outra metade na Bradesco Asset", diz Reis.
O CIO da Meraki também explicou como faz para escolher as melhores oportunidades de investimentos para seus fundos. "Primeiro, escolhemos algumas empresas que foram muito afetadas no começo da pandemia e tiveram seus negócios suspensos. Estamos fazendo esse 'trade de reabertura', escolhendo algumas boas empresas que ficaram pra trás nesse caminho, e aí entram shopping centers, turismo, indústria...", afirma.
Reis ainda destacou que a gestora está de olho em toda inovação tecnológica que está surgindo com fintechs e bancos digitais, que estão com um crescimento muito forte nos últimos anos.
Segundo Reis, os fundos da Meraki são seguros porque a gestora está sempre atenta aos movimentos do mercado, que podem a deixar mais cautelosa ou mais agressiva em relação aos seus fundos.
"Nós usamos preponderadamente ações, mas também fazemos posições em renda fixa e câmbio. Quando ficamos mais cautelosos, diminuímos a alocação. Quando o cliente compra um fundo, ele compra nossa seleção de ações e também a nossa expertise de aumentar a alocação em bolsa quando achamos que está favorável e reduzir quando começamos a ficar preocupados ou cautelosos", explica.
O CIO da Meraki ainda falou sobre a responsabilidade do investidor ao escolher uma gestora e como pretende fazer para sobreviver com o aumento da competição no mercado.
Confira a entrevista na íntegra: