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Os melhores e os piores investimentos de maio

Entre os destaques estão fundos de renda fixa grau de investimento e fundos de ações índice ativo

O Tesouro IPCA+ 2045 liderou novamente o ranking dos piores investimentos na renda fixa (choness/Thinkstock)

O Tesouro IPCA+ 2045 liderou novamente o ranking dos piores investimentos na renda fixa (choness/Thinkstock)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 31 de maio de 2021 às 18h45.

Última atualização em 31 de maio de 2021 às 19h02.

Os fundos de renda fixa do tipo duração alta e grau de investimento voltaram a liderar o ranking dos melhores investimentos em maio na renda fixa, com rentabilidade média de 1,27%, bem acima da referência da categoria, o CDI, que registrou variação de 0,26%.

Esses fundos aplicam pelo menos 80% da carteira em títulos públicos e em outros ativos de baixo risco no mercado, emitidos por bons pagadores.

Já entre os ativos de renda variável (que não englobam a compra direta de ações), os fundos de ações do tipo índice ativo ficaram no topo do ranking, com alta de 4,72% no mês, seguindo a forte valorização de 6,16% do índice Ibovespa no mês.

Os fundos de ações índice ativo têm como objetivo superar o índice de referência do mercado acionário, como o Ibovespa. Esses fundos se utilizam de deslocamentos táticos em relação à carteira de referência para atingir essse objetivo.

Veja abaixo o ranking da renda fixa e da renda variável:

Renda fixa

InvestimentoDesempenho em maio (em %)Desempenho em 12  meses (em %)
Fundos de renda fixa - duração alta - grau de investimento1,2714,11
Tesouro Selic 20250,441,27
Fundos de renda fixa - duração baixa - grau de investimento0,262,34
Poupança0,151,41
Tesouro IPCA+ 2024-0,066,07
Tesouro prefixado 2025-0,22-1,64
Tesouro prefixado 2023-0,260,78
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2045-0,7110,17
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2050-0,759,06
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035-2,078,77
Tesouro IPCA+ 2035-3,5010,77
Tesouro IPCA+ 2045-6,59,92

Referência

ÍndiceDesempenho em maio (em %)Desempenho em 12 meses (em %)
CDI0,262,16

*A rentabilidade dos fundos vai até o dia 31 de maio, dado mais atual disponível na Anbima.
*O desempenho mensal dos títulos e da poupança se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento.

Renda variável

InvestimentoDesempenho em maio (em %)Desempenho em 12 meses (em %)
Fundo de ações índice ativo4,7247,59
Fundo de ações valor/crescimento2,9841,92
Fundos de ações livre2,0443,42
Multimercado livre0,5810,95
Multimercado investimento no exterior0,5512,99
Fundo de ações investimento no exterior0,5447,39

*A rentabilidade dos fundos vai até o dia 31 de maio, dado mais atual disponível na Anbima.

Referência

ÍndiceDesempenho em maio (em %)Desempenho em 12 meses (em %)
Ibovespa6,1644,41

Piores investimentos em maio

O pior investimento na renda fixa foi a aplicação no Tesouro IPCA+ 2045. Com exceção do Tesouro Selic 2025, todos os títulos do Tesouro Direto registraram desvalorização no mês. 

O mês foi marcado por uma nova alta da taxa básica de juro, a Selic. Como já era esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central resolveu subir a taxa em 0,75 ponto percentual, para 3,5% ao ano. Por conta disso, os títulos públicos foram remarcados a mercado. "É natural esperar a desvalorização dos títulos das carteiras e dos fundos que investem nessas aplicações", diz Juliana Machado, especialista em fundos da EXAME Invest Pro.

Agora, o grande ponto de atenção sobre investimentos será o caminho que a inflação irá tomar com a perspectiva de reabertura das economias e mais um sinal dado pelo Copom.

Os  fundos de ações que investem no exterior foram as aplicações de renda variável que renderam menos no mês. Essas aplicações valorizaram 0,54% em maio.

O que ponderar ao investir

Para todos os investimentos, a orientação é sempre lembrar que a rentabilidade passada não significa garantia de rendimento futuro. Também é importante mencionar que o ranking de investimentos considera a rentabilidade bruta das aplicações, sem descontar o imposto de renda (IR).

O mundo está mais complexo, mas dá para começar com o básico. Veja como, no Manual do Investidor

Nas aplicações em fundos de ações, há IR de 15%. Nos fundos de curto prazo, a alíquota é de 22,50% para resgates em até 180 dias e de 20% para resgates depois de 180 dias. Nas demais categorias de fundos (longo prazo), a tributação segue tabela regressiva, em que a alíquota varia entre 15% e 22,5%, conforme o prazo de vencimento.

Os títulos públicos também são tributados pela tabela regressiva de IR. A poupança não tem cobrança de IR.

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