Cibersegurança: a digitalização dos sistemas e serviços financeiros também acelera a necessidade das estruturas e da discussão sobre cibersegurança (AerialPerspective Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2020 às 14h00.
Última atualização em 10 de fevereiro de 2021 às 16h57.
Na era digital, não é de se surpreender que profissões relacionadas à tecnologia da informação sejam destaque das tendências em 2020. De acordo com um ranking divulgado no início do ano pelo LinkedIn, nove das 15 profissões em ascensão estão ligadas à área. Engenheiro de cibersegurança está na segunda posição.
Com todo e qualquer dispositivo conectado à internet, a segurança de dados passou a ter importância central para as empresas que buscam evitar e se proteger dos ataques cibernéticos. Por isso, a função de engenheiro de cibersegurança é cada vez mais importante, a ponto de ocupar o segundo lugar no ranking da maior rede social profissional do mundo.
Criar sistemas de segurança e monitorar a infraestrutura de TI da organização para evitar intrusões e implementar processos e controles faz parte da rotina da profissão. A cibersegurança entra no foco do debate principalmente pela importância que os dados passaram a carregar nos últimos tempos. Como disse a revista The Economist, “os dados são o novo petróleo” e é preciso protegê-los.
A digitalização dos sistemas e serviços financeiros também acelera a necessidade das estruturas e da discussão sobre cibersegurança. O tema será foco do debate do Future of Money nesta quinta-feira às 18h. O maior evento gratuito sobre o futuro do dinheiro na América Latina traz especialistas para discutirem a urgência da cibersegurança. Participe gratuitamente.
Um estudo da Accenture, uma empresa multinacional de consultoria de gestão e tecnologia da informação, apontou cinco tendências que podem intensificar os ciberataques, são elas:
1.Novas táticas sofisticadas focam continuidade de negócios
O relatório observa como um grupo realizou ataques de grande proporção a sistemas de suporte da Microsoft, e usou os sistemas comprometidos para ocultar o tráfego, retransmitir comandos, comprometer e-mails, roubar dados e coletar credenciais para fins de espionagem.
2.Inimigos sofisticados mascaram identidades com ferramentas prontas para uso
Ao longo de 2020, os analistas de CTI da Accenture observaram grupos criminosos suspeitos, tanto independentes quanto patrocinados por governos, usando uma combinação de ferramentas prontas para uso, infraestrutura de hospedagem compartilhada e código de exploração desenvolvido publicamente. Também identificaram o uso de ferramentas para a realização de ataques cibernéticos e ocultação de rastro.
3.Ransomware alimenta novo modelo de negócio lucrativo e escalável
Em 2019, o ransomware tornou-se rapidamente um modelo de negócios extremamente lucrativo, com cibercriminosos levando a extorsão online a um novo nível, ameaçando liberar publicamente dados roubados ou vendê-los e expor as vítimas em sites dedicados a isso.
4.COVID-19 acelera a necessidade de segurança adaptativa
"A pandemia de COVID-19 mudou radicalmente as nossas vidas e a forma como trabalhamos. Da mesma forma, os inimigos cibernéticos mudaram suas táticas e se aproveitam cada vez mais das nossas novas vulnerabilidades", explica Josh Ray, líder global da prática de ciberdefesa da Accenture Security. "O estudo deixa claro que as organizações não devem subestimar a ousadia dos cibercriminosos, já que as oportunidades e recompensas advindos dessas campanhas são cada vez maiores. É importante que as empresas se esforcem para acionar os procedimentos corretos e usem a inteligência sobre ameaças cibernéticas para compreender e eliminar as ameaças mais complexas."
5.Conectividade tem consequências
As tecnologias avançadas e a internet permitem uma maior conectividade, mas também expõem sistemas críticos, o que ajuda os invasores a descobrir novas maneiras de explorar o meio.