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Com ou sem segunda onda, alta liquidez continua em 2021, diz BNP Paribas

Cenário deve favorecer fundos de ações e multimercados, diz Michael Kusunoki, do BNP, no programa "Fala, gestor", com Juliana Machado, da EXAME Research

Painel com cotações da bolsa em São Paulo: renda variável deve continuar a se beneficiar da liquidez (Germano Lüders/Exame)

Painel com cotações da bolsa em São Paulo: renda variável deve continuar a se beneficiar da liquidez (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2020 às 12h42.

Com a segunda onda de contaminações pela covid-19 ou sem a segunda onda, uma coisa é certa para 2021: a liquidez vai continuar elevada. Com a permanência dos juros em patamares baixos, os fundos de ações e multimercados de maior risco devem continuar se beneficiando desse ambiente, afirma Michael Kusunoki, gestor de Renda Fixa e Multimercado da BNP Paribas Asset Management. A declaração foi dada durante o programa semanal “Fala, gestor!”, conduzido pela especialista em fundos de investimento da EXAME Research, Juliana Machado.

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No programa, que é transmitido pelo canal da casa de análises no YouTube toda terça-feira às 18h, Kusunoki afirmou que trabalha com um cenário quase binário: de um lado, 2021 pode ser um ano extremamente positivo, se houver indicativos de condução racional das contas públicas no Brasil e corte de gastos pelo atual governo; de outro lado, se não houver quaisquer esforços em prol de um arcabouço fiscal, com substancial piora do sentimento dos agentes de mercado, 2021 pode ser um ano de prêmio de risco ainda maior.

“Sinto que estamos no meio do caminho. Se a sensação de risco dos agentes aumentar, veremos taxas (de juros do mercado) mais altas, mas, se caminharmos para uma solução razoável nessa frente, o prêmio (de risco) será menor”, disse.

Com a falta de visibilidade de qual dos dois cenários é o mais provável, os fundos geridos por Kusunoki atualmente estão com posições menos direcionais, ou seja, sem apostar em uma classe de ativo especificamente. Segundo ele, como um dos grandes objetivos da casa é a preservação de capital, as posições neste momento são mais conservadoras.

Ao mesmo tempo, o gestor reconhece que o nível de juros atual e a perspectiva de que isso dificilmente mudará no curto prazo fazem com que os ativos de risco, como as ações, continuem como grande foco do investidor. Dessa forma, os fundos de ações e os multimercados devem continuar ganhando espaço, em linhas gerais.

“Mesmo que a gente tenha uma segunda onda de contaminações (do coronavírus), agora é algo conhecido, de modo que os efeitos não devem ser os mesmos do passado. Ao mesmo tempo, vacinas estão vindo e isso ajuda a equilibrar o receio quanto a uma segunda onda”, diz ele.

O “Fala, gestor!” ao vivo já recebeu diversas casas importantes, entre elas Brasil Capital, Verde, Versa, RPS, Alaska e Ibiuna. Para assistir à live completa, basta acessar este link.

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