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Redação Exame
Publicado em 18 de janeiro de 2024 às 10h25.
Investir em empresas vai muito além da compra e venda de ações dentro da bolsa de valores. Sendo assim, uma das formas de se investir em empresas é por meio do venture capital.
Em tradução literal, o significado de Venture Capital é Investimento ou Capital de risco e está ligada a empresas que ainda possuem pequeno porte, mas que possibilitam grandes retornos para quem entrar antes no negócio.
Assim, o venture capital é uma forma de investidores injetarem dinheiro, geralmente em startups, visando alcançar rentabilidades não encontradas dentro do mercado de capitais tradicional, caso a estratégia dê certo.
Como o venture capital é uma forma de investidores alocarem recursos em empresas de pouca relevância ainda no mercado, para as empresas essa é a oportunidade de se financiar e, com isso, evoluir em sua operação.
Uma vez que essas companhias ainda não possuem poder de barganha e não tem acesso a outros instrumentos dentro do mercado, como uma emissão de ações, de dívida ou até mesmo algumas linhas de crédito, precisa de investidores que acreditam em seu potencial.
Por essa razão, essa modalidade de investimentos na empresa tende a ser a primeira entrada de recursos para muitos empresários e serve como um primeiro passo rumo à evolução da empresa.
Como existe um risco maior ao investidor que aloca seus recursos por meio de venture capital, eles exigem um retorno maior e esse é o principal foco de quem decide financiar as startups, sempre com intuito de vender sua participação no futuro por algumas dezenas ou centenas de vezes o valor alocado.
Após entender o que é venture capital e para que serve, é momento de entender o seu funcionamento.
Nesse sentido, para entender como funciona o investimento em venture capital é importante saber que ele se divide em duas grandes modalidades que divergem no que diz respeito a direitos e deveres, basicamente.
Dessa maneira existe a possibilidade de ser um General Partner, ou seja, uma participação onde todos têm os mesmos direitos e deveres ou por meio do chamado Limited Partener, quando nem todos têm os mesmo direitos e deveres dentro da empresa.
Além disso, no momento de decidir sobre o venture capital é fundamental delimitar todas as regras, seja para a tomada de decisão, seja para a entrada de novos investidores.
Isso é importante, uma vez que ao evoluir o negócio, aqueles que apenas alocaram os recursos e não participaram das decisões, podem retirar a sua participação e realizar o seu lucro.
Outro passo muito importante diz respeito à definição de qual o estágio a empresa está, isto é, se está no início, no momento de desenvolvimento ou de consolidação, uma vez que cada etapa demanda um tipo de atuação dos investidores.
Por fim, é importante entender, também, como funcionam as rodadas de investimentos dentro do venture capital.
Como mencionado anteriormente, o venture capital é uma forma de investimento fora do mercado tradicional e, do mesmo modo, o private equity apresenta a mesma característica.
Entretanto, cada uma dessas modalidades possui suas particularidades.
Assim sendo, quando se pensa no setor das empresas, no caso do venture capital o foco é quase que total em empresas disruptivas, ou seja, que estão com propostas de inovar produtos, processos ou negócios, as famosas startups.
Por outro lado, no caso do private equity não existe uma delimitação de setores de atuação, por isso existe um leque maior de opções para o investidor.
Outro ponto importante que diferencia as duas formas de financiar as empresas, está na participação. No caso do venture capital não existe intenção de ter a participação majoritária da empresa,, o principal objetivo do private equity, cujo foco é possuir o controle da empresa ao possuir mais de 50% dela.
Por fim, outra diferença reside no momento de entrada. O venture capital financia a empresa desde o seu início, já o private equity procura entrar no negócio no início de seu processo de maturação.
Se você se interessou por essa modalidade de investimento existem duas formas de se expor a esse mercado e participar do mundo do venture capital.
A primeira maneira é por meio da atuação individual, isto é, o investidor, que tem conhecimento sobre esse mundo e sabe enxergar oportunidades, além de possuir os recursos, entra com a participação desejada em um ou mais negócios.
Aqui, é fundamental ter experiência e muito conhecimento sobre negócios, já que você se tornará sócio e, possivelmente, irá participar de decisões importantes dentro da empresa.
A segunda forma é por meio dos Fundos de Investimento em Participações (FIP), os quais possuem em sua essência a possibilidade de investir em empresas listadas na bolsa de valores e também em empresas não listadas.
Importante lembrar, que esse fundo é fechado, o que faz com que só seja possível sair dele no momento determinado ou quando ocorrer a sua liquidação a pedido dos seus cotistas.
Mais um ponto importante sobre o FIP é sua destinação a investidores qualificados, ou seja, investidores que possuem mais de R$ 1.000.000,00 e atestem por escrito essa condição e investidores profissionais, que são aqueles que possuem acima de R$ 10.000.000,00.
Partindo agora para empresas que queiram investir em venture capital, é possível realizar essa operação por meio do chamado Corporate Venture Capital (CVC), modalidade que apresenta grande crescimento e já movimentou mais de R$ 3 bilhões no país.
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