A rentabilidade da reserva de emergência varia conforme a taxa de juros e as condições de cada investimento (MichaelJay/Thinkstock)
Publicado em 11 de março de 2025 às 17h41.
A reserva de emergência é um dos pilares da educação financeira. Ter um valor guardado para imprevistos evita a necessidade de recorrer a empréstimos ou vender investimentos em momentos ruins. Mas onde aplicar esse dinheiro para que ele fique acessível e continue rendendo?
As duas opções mais recomendadas são o Tesouro Selic e o CDB de liquidez diária, ambos seguros e rentáveis. Mas qual deles é a melhor escolha? A resposta depende de fatores como rendibilidade, custo e objetivo do investidor.
O Tesouro Selic é um título público emitido pelo governo federal. Ele segue a taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano, e tem liquidez diária, podendo ser resgatado a qualquer momento. Seu grande diferencial é a segurança, já que é garantido pelo governo.
O CDB de liquidez diária é um investimento oferecido por bancos, também atrelado à taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que acompanha a Selic. Bancos maiores costumam oferecer CDBs pagando 100% do CDI, enquanto bancos menores podem pagar 105% ou mais, com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Com a Selic a 13,25% ao ano, o CDI está em torno de 13,15%. Isso significa que:
Resultado
O Tesouro Selic e o CDB de 100% do CDI têm rendimentos muito próximos, com leve vantagem para o Tesouro. Já um CDB de 105% do CDI se destaca, oferecendo um retorno um pouco maior. Para máxima segurança, o Tesouro é ideal. Para um ganho ligeiramente superior, um CDB confiável acima de 105% do CDI pode ser mais vantajoso.
Tanto o Tesouro Selic quanto os CDBs de liquidez diária são considerados seguros. O Tesouro é garantido pelo governo federal, enquanto os CDBs têm proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), até R$ 250 mil por CPF e instituição.
O risco nos CDBs está na escolha do banco emissor. Bancos menores oferecem taxas maiores, mas podem ter mais instabilidade financeira. Caso o banco quebre, o investidor pode precisar aguardar o ressarcimento do FGC, o que pode levar alguns dias.
Se o objetivo é máxima segurança e liquidez, o Tesouro Selic é a melhor escolha, pois sua garantia vem do próprio governo e ele pode ser resgatado sem depender da saúde financeira de um banco.
Se o foco for maior rentabilidade, um CDB de liquidez diária pagando 105% do CDI ou mais pode ser a melhor opção, desde que seja emitido por uma instituição confiável e dentro do limite do FGC.
Para um investidor mais conservador, dividir a reserva entre Tesouro Selic e CDBs de bancos sólidos pode ser uma estratégia equilibrada, garantindo segurança e um bom retorno. O mais importante é que o dinheiro esteja sempre acessível para qualquer imprevisto.