Para fazer o valor render, o investidor pode apostar tanto em renda fixa quanto variável (Getty/Getty Images)
Publicado em 28 de fevereiro de 2025 às 16h22.
Investir regularmente é uma das formas mais eficientes de construir um futuro financeiro mais seguro. Ao aplicar R$ 200 por mês, em vez de deixar o dinheiro parado, é possível multiplicá-lo com o efeito dos juros compostos. No entanto, para escolher a melhor opção, é essencial considerar fatores como rentabilidade, liquidez, tributação e prazo de investimento.
Outro ponto importante é escolher entre aplicações de renda fixa ou variável. O primeiro, como Tesouro Direto e CDBs (Certificados de Depósito Bancário), oferece previsibilidade, já que os rendimentos seguem regras definidas. Já a renda variável, como ações e fundos imobiliários, apresenta mais oscilações, mas pode gerar retornos maiores no longo prazo.
Para entender qual investimento faz mais sentido para a sua realidade financeira, confira as informações abaixo.
Se uma pessoa guardar R$ 200 por mês durante 10 anos, sem fazer nenhum investimento, o montante final será de R$ 24 mil. O valor final, no entanto, varia conforme o tipo de aplicação escolhida. Veja as diferenças entre três opções populares de renda fixa:
A poupança é um dos investimentos mais conhecidos pelos brasileiros, mas tem rendimento limitado. Atualmente, quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a caderneta rende 0,5% ao mês + Taxa Referencial (TR). Isso resulta em um retorno abaixo das demais opções.
Ao final de 10 anos, considerando uma TR próxima de zero, o saldo acumulado seria de aproximadamente R$ 33 mil. Apesar da baixa rentabilidade, a poupança tem a vantagem da isenção de Imposto de Renda e liquidez diária, permitindo resgates a qualquer momento sem perda de rendimento.
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são títulos emitidos por bancos para captar dinheiro de investidores. Um CDB que remunera 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) tem rendimento próximo à taxa Selic, que atualmente está em 13,25% ao ano.
No entanto, há incidência de Imposto de Renda, com alíquota regressiva que varia de 22,5% a 15% sobre os rendimentos dependendo do tempo da aplicação. Com a tributação, o saldo final estimado após 10 anos seria de, aproximadamente, R$ 40 mil. O CDB pode ter liquidez diária ou prazo de vencimento, dependendo da emissão escolhida.
O título público é emitido pelo Governo Federal e considerado um dos investimentos mais seguros do Brasil, além de ter liquidez diária, o que permite resgates a qualquer momento sem grandes perdas. Sua rentabilidade acompanha a taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano, sendo ideal para quem busca segurança e liquidez.
Assim como o CDB, o Tesouro Selic sofre tributação de Imposto de Renda regressivo, variando de 22,5% a 15%. Apesar disso, costuma ser mais vantajoso que a poupança, com um saldo final estimado de R$ 41 mil em 10 anos.
Cada uma dessas opções tem suas particularidades, e a escolha deve considerar o objetivo do investidor, a necessidade de liquidez e a tolerância ao risco. Para quem deseja rentabilidade superior e segurança, o Tesouro Selic e o CDB 100% do CDI são alternativas melhores que a poupança, especialmente para investimentos de longo prazo.
A renda variável pode oferecer ganhos superiores, mas com maior risco e volatilidade. Veja algumas alternativas e quanto o investimento de poderia render em 10 anos, considerando retornos médios históricos:
Guardar R$ 200 por mês pode parecer pouco, mas no longo prazo, com disciplina e bons investimentos, esse valor pode se transformar em um patrimônio significativo. Escolher corretamente onde investir pode fazer uma grande diferença no saldo final, especialmente ao considerar a influência dos juros compostos e da rentabilidade de cada aplicação.
Seja em renda fixa para maior segurança ou em renda variável para buscar retornos mais elevados, entender como os investimentos funcionam é essencial para conquistar a independência financeira.