A melhor escolha entre CRI prefixado, pós-fixado ou híbrido depende do cenário econômico e do perfil do investidor (iStock/Abril Branded Content)
Publicado em 27 de fevereiro de 2025 às 20h35.
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) são investimentos de renda fixa que podem oferecer retornos superiores ao CDI, além de contarem com isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas. Mas quanto é possível ganhar ao aplicar R$ 30.000 nesses ativos?
A resposta depende do prazo do investimento, da taxa de retorno e das condições do mercado. Para entender melhor, veja como funcionam esses títulos e uma simulação de rendimento.
Os CRI e CRA são títulos de dívida emitidos por securitizadoras, lastreados em recebíveis dos setores imobiliário e do agronegócio, respectivamente. Esses recebíveis representam pagamentos futuros de financiamentos ou contratos firmados nessas áreas.
Em termos práticos, ao investir em um CRI ou CRA, o investidor está emprestando dinheiro para financiar projetos nesses setores e, em troca, recebe juros sobre o valor aplicado.
Como são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, esses ativos podem ser mais vantajosos que CDBs ou títulos públicos com tributação. No entanto, eles não contam com garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que exige uma análise cuidadosa do risco.
A rentabilidade de um CRI ou CRA pode ser prefixada, pós-fixada (atrelada ao CDI) ou híbrida (IPCA + juros fixos). Veja três simulações considerando um investimento de R$ 30.000 por cinco anos, sem resgates antecipados.
1. CRI/CRA atrelado ao IPCA + 6% ao ano:
Supondo que a inflação média nos próximos cinco anos seja 4,5% ao ano, o rendimento total seria:
2. CRI/CRA prefixado a 12% ao ano
Como a taxa é fixa, o investidor sabe exatamente o retorno ao final do período:
3. CRI/CRA atrelado ao CDI, pagando 100% do índice
Considerando um CDI médio de 12,5% ao ano, a rentabilidade ficaria:
Os valores acima são simulações aproximadas, pois a rentabilidade real pode variar conforme o desempenho da inflação e dos juros ao longo do tempo.
Os CRI e CRA são indicados para investidores moderados ou arrojados que buscam retornos acima do CDI e que podem manter o dinheiro investido até o vencimento. Como esses títulos têm baixa liquidez, o ideal é que façam parte de uma estratégia de diversificação. São boas opções para quem:
Para quem quer rentabilidade acima do CDI sem pagar imposto e pode manter o dinheiro aplicado por prazos mais longos, CRI e CRA são boas alternativas. No entanto, como esses títulos não têm garantia do governo ou do FGC, a escolha deve ser feita com cuidado e análise de risco.
Antes de investir, é recomendável verificar o rating da emissão, entender os prazos e avaliar se os ativos se encaixam no perfil do investidor. Dessa forma, é possível aproveitar os benefícios da isenção fiscal sem comprometer a segurança da carteira.