Investir diretamente em ações de empresas sólidas e com bom histórico de crescimento também pode gerar retornos expressivos (PM Images/Getty Images)
Publicado em 4 de outubro de 2024 às 16h50.
Alcançar R$ 1 milhão em 20 anos é o sonho de muitos investidores. Para chegar a esse objetivo, é necessário planejamento e uma estratégia de investimentos que leve em conta fatores como a rentabilidade dos ativos, o tempo disponível para investir e a frequência dos aportes. Vamos analisar quanto você precisa investir hoje para atingir esse marco em duas décadas.
Para determinar o valor exato que você precisa investir hoje, vamos assumir uma taxa de retorno anual. Suponhamos uma rentabilidade média de 10% ao ano, que é um valor razoável considerando uma carteira de investimentos diversificada entre renda fixa e variável.
Para atingir R$ 1 milhão em 20 anos com uma taxa de retorno de 10% ao ano, você precisaria investir aproximadamente R$ 148.643,63 hoje, sem realizar aportes adicionais durante o período.
Se, em vez de um único aporte inicial, você preferir fazer investimentos mensais, o valor necessário seria menor. Nesse caso, a fórmula dos juros compostos com contribuições periódicas pode ser utilizada para calcular quanto deve ser investido mensalmente.
Suponha uma taxa de retorno de 10% ao ano, e um investimento mensal ao longo de 20 anos. Para calcular o valor do aporte mensal, o cálculo pode ser mais complexo, mas uma aproximação utilizando ferramentas financeiras ou calculadoras online pode ajudar a definir o valor adequado para atingir o objetivo de R$ 1 milhão.
Caso a rentabilidade dos investimentos seja menor, por exemplo, 6% ao ano, ou maior, como 12%, o valor a ser investido inicialmente varia. Em cenários de rentabilidade mais conservadora, o valor inicial a ser investido aumenta, enquanto que, em um cenário mais agressivo, o valor diminui, mas o risco também é maior.
Portanto, o importante é encontrar um equilíbrio entre o quanto você pode investir agora e a rentabilidade que você pode esperar, mantendo em mente os riscos envolvidos.
Para obter uma rentabilidade média de 10% ao ano, você precisará considerar investimentos que envolvam certo nível de risco, pois investimentos mais conservadores, como a poupança ou títulos de renda fixa, geralmente oferecem retornos menores. Aqui estão algumas opções de investimento que podem fornecer esse tipo de retorno, lembrando que o desempenho passado não garante retornos futuros e que é fundamental diversificar a carteira:
Fundos de ações são geridos por profissionais que investem em uma cesta de ações de diversas empresas. Historicamente, o mercado de ações tem oferecido retornos superiores a 10% ao ano no longo prazo, embora com maior volatilidade. A vantagem desses fundos é a gestão ativa, o que pode ajudar a mitigar riscos.
ETFs são fundos que replicam índices como o Ibovespa, permitindo que você invista em um grupo de ações de uma só vez. Muitos ETFs baseados em ações de mercados emergentes ou tecnologia têm oferecido retornos elevados, frequentemente acima de 10% ao ano em períodos de crescimento econômico.
Investir diretamente em ações de empresas sólidas e com bom histórico de crescimento também pode gerar retornos expressivos. Empresas líderes em setores inovadores, como tecnologia, saúde e energia renovável, costumam oferecer boas oportunidades. No entanto, investir em ações exige conhecimento, análise e um certo apetite por risco.
Esses fundos investem em diversas classes de ativos, como ações, renda fixa, câmbio e derivativos, buscando uma rentabilidade mais elevada através da diversificação. Gestores experientes podem conseguir retornos maiores, inclusive próximos de 10% ao ano, mas esses fundos envolvem maior risco em relação a opções puramente conservadoras.
Alguns CDBs (Certificados de Depósito Bancário) de bancos menores, LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) oferecem rentabilidades atrativas, especialmente se atrelados ao CDI, que é próximo da taxa Selic. Apesar de terem menor risco que ações, é possível encontrar títulos que rendam acima de 100% do CDI, o que poderia gerar retornos interessantes, embora seja raro ultrapassar os 10% ao ano.
Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são uma forma de investir em imóveis sem precisar comprar diretamente. Eles distribuem rendimentos mensais provenientes de aluguéis, e a valorização dos ativos pode contribuir para o retorno total. Alguns FIIs oferecem retornos acima de 10% ao ano, dependendo do desempenho do setor imobiliário.
Investimentos em criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, e outros ativos alternativos, como startups ou participações em empresas (via crowdfunding de investimentos), têm o potencial de gerar retornos acima de 10% ao ano, mas são altamente voláteis e arriscados. Esses ativos podem ser considerados em uma pequena parcela de uma carteira bem diversificada para investidores mais arrojados.
As debêntures incentivadas são títulos emitidos por empresas para captar recursos para projetos específicos, como infraestrutura. Elas oferecem isenção de imposto de renda para pessoa física e, dependendo do emissor, podem render acima de 10% ao ano, especialmente em momentos de alta da Selic.
Os títulos do Tesouro Nacional, como o Tesouro IPCA+ (títulos atrelados à inflação), oferecem uma taxa de retorno real (acima da inflação), que pode resultar em retornos totais próximos de 10% ao ano em períodos de inflação elevada. São considerados mais conservadores do que ações e fundos de ações, mas podem ser bons complementos em uma carteira diversificada.
Diversificar investimentos em mercados internacionais, como ações de empresas dos EUA ou fundos que investem em tecnologia e inovação, pode proporcionar retornos superiores a 10% ao ano, especialmente em períodos de crescimento econômico global.