(Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 5 de setembro de 2024 às 11h24.
Última atualização em 5 de setembro de 2024 às 17h56.
Investir R$ 2 milhões na poupança é uma decisão que muitos tomam buscando segurança, mas os retornos podem não ser tão atraentes quanto esperado. A poupança, tradicionalmente vista como o porto seguro do investidor conservador, oferece rendimentos limitados, especialmente em um contexto de taxas de juros variáveis.
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Este artigo explora o que se pode esperar ao depositar um montante significativo como R$ 2 milhões neste tipo de conta.
A poupança é um dos investimentos mais acessíveis e seguros disponíveis no Brasil. Funciona basicamente como uma conta onde se deposita o dinheiro, e este rende de acordo com regras pré-estabelecidas pelo Banco Central.
Não há necessidade de grande conhecimento financeiro para começar, e não existem taxas de administração ou custos operacionais associados à manutenção da conta, o que a torna atraente para muitos poupadores.
O rendimento da poupança é calculado com base na taxa Selic. Se a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança rende fixamente 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), que atualmente é muito próxima de zero.
Se a Selic for igual ou menor que 8,5%, o rendimento será de 70% da Selic mais a TR. Essas condições fazem com que o retorno da poupança seja frequentemente considerado baixo, principalmente em períodos de alta inflação.
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Na poupança, os rendimentos são creditados mensalmente na data de aniversário do depósito. Isso significa que se o dinheiro for retirado antes dessa data, não se recebe o rendimento correspondente ao período. Este sistema de “aniversário” incentiva os poupadores a planejar retiradas e pode impactar a liquidez e a flexibilidade do investimento.
A Taxa Referencial (TR) é usada no cálculo dos rendimentos da poupança e historicamente tem sido fixada em valores muito baixos, próxima de zero desde outubro de 2017. Isso significa que o grosso do rendimento da poupança realmente vem do percentual fixo ou da porcentagem da Selic, dependendo da taxa vigente.
O maior risco ao investir em poupança é a inflação. Os rendimentos, embora seguros, frequentemente não conseguem acompanhar o aumento dos preços, o que pode resultar em perda de poder aquisitivo ao longo do tempo.
Isso é particularmente crítico em cenários econômicos instáveis, onde a inflação pode erodir rapidamente o valor real do dinheiro poupado.
Investir R$ 2 milhões na poupança pode parecer uma opção segura, mas o retorno anual pode deixar a desejar em comparação com outras formas de investimento.
Atualmente, com a poupança rendendo 7,4% ao ano, isso significa que ao fim de um ano, um investimento de R$ 2 milhões na poupança resultaria em R$ 2.148.000.
Ao analisar o rendimento mensal de R$ 2 milhões na poupança, com essa taxa anual equivalente a um rendimento mensal de aproximadamente 0,617%, o montante geraria aproximadamente R$ 12.340 mensais. Este valor é resultado direto da aplicação da taxa proporcional sobre o capital inicial, o que reflete a simplicidade e previsibilidade da poupança.
Enquanto a poupança é uma opção segura e de fácil acesso, existem diversas alternativas no mercado que podem oferecer melhores rendimentos.
Investidores que buscam otimizar o retorno de seu capital podem considerar produtos como CDBs, fundos de renda fixa, e títulos do Tesouro Direto, que frequentemente superam a rentabilidade da poupança, especialmente em cenários de alta taxa Selic.
Investir R$ 2 milhões em produtos atrelados ao CDI, como alguns CDBs que oferecem 100% do CDI, pode ser mais lucrativo. Considerando o CDI a 10,40% ao ano, o mesmo montante de R$ 2 milhões renderia aproximadamente R$ 208.000 em um ano, totalizando R$ 2.208.000. Isso representa uma diferença significativa em relação aos rendimentos da poupança, tornando o investimento no CDI uma opção muito mais atrativa.
A renda fixa oferece diversas opções além da poupança, incluindo:
Cada uma dessas alternativas tem características específicas que podem atender melhor às necessidades e aos objetivos de diferentes perfis de investidores, proporcionando uma diversificação saudável do portfólio.