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Quanto rende R$ 100 mil no Tesouro Direto por mês? Compare com outros investimentos

Investir no Tesouro Direto é uma excelente opção para investidores conservadores

A escolha ideal depende do perfil de risco do investidor (ekinyalgin/Thinkstock)

A escolha ideal depende do perfil de risco do investidor (ekinyalgin/Thinkstock)

Publicado em 4 de outubro de 2024 às 15h49.

O Tesouro Direto é uma das formas mais acessíveis de investir em títulos públicos emitidos pelo governo brasileiro. Ele é amplamente considerado seguro, pois o risco de inadimplência do governo é extremamente baixo. Além disso, os títulos do Tesouro têm a vantagem de oferecer liquidez, permitindo que o investidor retire o dinheiro antes do vencimento, se necessário, ainda que isso possa impactar a rentabilidade.

Quanto rende R$ 100 mil no Tesouro Direto por mês?

Investir R$ 100 mil no Tesouro Direto, considerando uma taxa Selic de 10,75% ao ano, resulta em um rendimento mensal bruto de aproximadamente R$ 854,51.

Tipos de títulos no Tesouro Direto

  1. Tesouro Selic: Este título acompanha a taxa básica de juros, ou seja, a Selic, sendo ideal para quem busca segurança e flexibilidade. Como a Selic é ajustada regularmente, o Tesouro Selic é um investimento que se ajusta automaticamente ao cenário econômico. Nesse caso, com a Selic a 10,75%, o rendimento mensal seria próximo a R$ 854,51, já considerando o efeito dos impostos sobre o rendimento.
  2. Tesouro IPCA+: Este título é atrelado ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no país, acrescido de uma taxa de juros fixa. Ele é ideal para quem busca proteção contra a inflação, garantindo que o poder de compra seja preservado no longo prazo. O rendimento, no entanto, depende tanto da inflação quanto da taxa de juros, e o retorno real (descontada a inflação) tende a ser competitivo em cenários de alta inflação.
  3. Tesouro Prefixado: Esse título oferece uma taxa de retorno fixada no momento da compra, sendo indicado para quem deseja saber exatamente quanto vai receber ao final do período de investimento. O rendimento mensal pode ser calculado com base na taxa fixa acordada no momento da compra, mas a venda antes do vencimento pode acarretar em ganhos ou perdas, dependendo das variações das taxas de juros no mercado.

Comparação com outros investimentos

  1. CDB (Certificado de Depósito Bancário): O CDB é um investimento de renda fixa emitido por bancos e oferece rentabilidade atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que acompanha de perto a taxa Selic. CDBs que pagam 100% do CDI, por exemplo, podem render valores semelhantes ao Tesouro Selic. No entanto, CDBs costumam ter a incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, o que reduz o ganho líquido. Por outro lado, alguns CDBs oferecem rendimentos superiores, como 110% ou 120% do CDI, o que pode superar o Tesouro Direto em alguns casos.
  2. LCI/LCA (Letras de Crédito Imobiliário/Agrícola): As LCIs e LCAs são títulos de renda fixa isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que as torna muito atrativas. Esses títulos costumam render em torno de 90% a 100% do CDI, o que, em termos brutos, pode ser comparável ao Tesouro Direto, mas a isenção de IR favorece o rendimento líquido. No entanto, esses títulos geralmente possuem menor liquidez, com prazos de carência que podem chegar a meses ou até anos, o que limita a possibilidade de resgate antecipado sem perdas.
  3. Fundos DI: Fundos DI são uma modalidade de fundos de investimento que aplicam a maior parte de seus recursos em títulos de renda fixa atrelados ao CDI. Eles podem ser uma boa opção para quem busca diversificação, mas é importante considerar as taxas de administração que os fundos cobram, que podem reduzir a rentabilidade líquida. A vantagem desses fundos é a gestão profissional, que pode potencializar os ganhos, mas o investidor deve avaliar se os custos justificam os rendimentos.
  4. Poupança: A poupança é, historicamente, a forma mais popular de investimento no Brasil. No entanto, seu rendimento é fixado em 0,5% ao mês mais a TR (Taxa Referencial) quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o que resulta em um rendimento anual de cerca de 6,17%. Com R$ 100 mil na poupança, o rendimento mensal seria de aproximadamente R$ 500, ou seja, significativamente menor em comparação com os investimentos atrelados ao CDI ou à Selic, como o Tesouro Direto.

Por que você precisa saber sobre isso

Investir no Tesouro Direto é uma excelente opção para investidores conservadores, que buscam segurança e um retorno razoável com liquidez diária. Para quem busca maximizar os ganhos e pode abrir mão de liquidez imediata, LCIs, LCAs e CDBs podem ser opções interessantes, especialmente quando o objetivo é reduzir a carga tributária sobre os rendimentos. No entanto, é essencial comparar a rentabilidade líquida de cada investimento, considerando taxas, impostos e o prazo necessário para alcançar os objetivos financeiros.

A escolha ideal entre esses investimentos depende do perfil de risco do investidor, das metas financeiras e da necessidade de liquidez.

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