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Quanto rende investir R$ 2.000 por mês no Tesouro Direto até sua aposentadoria?

Entenda como o Tesouro Direto pode ser uma alternativa de investimento para a aposentadoria e qual é a rentabilidade ao investir R$ 2.000 mensais

O Tesouro IPCA+ é uma das melhores opções para aposentadoria, pois garante rentabilidade acima da inflação, preservando o poder de compra ao longo dos anos (pinkomelet/Thinkstock)

O Tesouro IPCA+ é uma das melhores opções para aposentadoria, pois garante rentabilidade acima da inflação, preservando o poder de compra ao longo dos anos (pinkomelet/Thinkstock)

Publicado em 14 de março de 2025 às 14h25.

Investir para a aposentadoria é uma das maiores preocupações financeiras de muitas pessoas. O Tesouro Direto, programa do governo federal que oferece títulos públicos como forma de investimento, tem sido uma opção cada vez mais popular para quem busca segurança e rentabilidade a longo prazo. Neste cenário, investir R$ 2.000 por mês no Tesouro Direto pode ser uma excelente estratégia para quem está se preparando para o futuro. Mas quanto você conseguiria acumular ao longo dos anos? E como escolher o melhor título para esse objetivo?

Ao investir R$ 2.000 por mês no Tesouro Direto, você pode construir um patrimônio significativo até sua aposentadoria, com segurança e uma rentabilidade atraente, especialmente se mantiver uma estratégia de longo prazo.

O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa do governo federal, criado em 2002, que permite a qualquer pessoa comprar títulos públicos, ou seja, empréstimos feitos por investidores ao governo. Esses títulos são uma forma de o governo arrecadar recursos para financiar suas atividades, como infraestrutura, saúde e educação. Para o investidor, os títulos oferecem uma rentabilidade em troca do empréstimo.

O Tesouro Direto é uma das opções mais seguras do mercado, pois o governo é considerado o emissor mais confiável. Existem diferentes tipos de títulos disponíveis no programa, sendo os mais comuns o Tesouro Prefixado (LTN), o Tesouro Selic (LFT) e o Tesouro IPCA+ (NTN-B). Cada um desses tem características distintas, mas todos têm o mesmo objetivo: oferecer uma rentabilidade superior à poupança, com riscos controlados.

Qual é a estratégia para investir no Tesouro Direto?

Para um objetivo de longo prazo, como a aposentadoria, o Tesouro Direto pode ser uma excelente escolha, especialmente os títulos atrelados ao IPCA+ ou ao Tesouro Prefixado, que oferecem uma rentabilidade mais vantajosa se mantidos até o vencimento.

  • Tesouro Prefixado (LTN): este título paga uma taxa de juros fixa, conhecida no momento da compra. Ele é interessante quando a expectativa é que a taxa de juros do país se mantenha alta ao longo do tempo.
  • Tesouro Selic (LFT): esse título é mais conservador e acompanha a taxa básica de juros (Selic), sendo uma opção mais adequada para quem tem um perfil mais cauteloso e não quer se expor a oscilações mais intensas.
  • Tesouro IPCA+ (NTN-B): a principal vantagem do Tesouro IPCA+ é que ele oferece uma rentabilidade superior à inflação, garantindo que o poder de compra do seu dinheiro seja preservado ao longo do tempo. Esse título pode ser uma excelente opção para quem investe com foco no longo prazo, já que ele proporciona ganhos reais, ou seja, acima da inflação.

Quanto você pode acumular investindo R$ 2.000 por mês?

Para calcular o quanto seria possível acumular até a aposentadoria investindo R$ 2.000 por mês no Tesouro Direto, é necessário considerar algumas variáveis, como o tipo de título escolhido e o tempo de investimento. Vamos analisar duas possibilidades:

  1. Investindo em Tesouro IPCA+ (NTN-B): este título tem a vantagem de oferecer uma rentabilidade que vence a inflação. Supondo uma rentabilidade média de 6% ao ano (acima da inflação), e considerando um período de 30 anos de investimento, você acumularia cerca de R$ 3.000.000 ao final do período, com o poder de compra preservado pela inflação.

  2. Investindo em Tesouro Prefixado (LTN): Com uma rentabilidade média de 9% ao ano, que é um valor razoável considerando o cenário atual, o montante acumulado ao final de 30 anos seria superior a R$ 5.000.000, considerando os R$ 2.000 mensais investidos. Este tipo de investimento oferece um rendimento fixo, o que pode ser uma vantagem em um cenário de juros altos.

Cuidados ao investir no Tesouro Direto

Embora o Tesouro Direto seja considerado uma opção segura, há alguns cuidados a serem tomados:

  • Taxas: embora o Tesouro Direto tenha taxas baixas, é importante considerar a taxa de custódia da BM&FBovespa (0,25% ao ano) e o Imposto de Renda, que segue a tabela regressiva dependendo do tempo de investimento.
  • Escolha do título: a escolha do título deve ser feita com base no seu perfil de investidor e no seu objetivo de longo prazo. Se você busca proteção contra a inflação, o Tesouro IPCA+ pode ser mais indicado, enquanto o Tesouro Prefixado oferece uma rentabilidade fixa, ideal para quem deseja previsibilidade.

Vale a pena investir no Tesouro Direto?

Investir R$ 2.000 por mês no Tesouro Direto pode ser uma estratégia poderosa para garantir uma aposentadoria tranquila e confortável. Com a disciplina de manter os aportes mensais e escolher o título adequado para o seu perfil e objetivos, é possível acumular um patrimônio significativo até o momento da aposentadoria. A rentabilidade do Tesouro Direto, especialmente em títulos como o Tesouro IPCA+, permite que você proteja seu poder de compra ao longo do tempo, garantindo que o valor acumulado seja suficiente para sua manutenção financeira no futuro.

Acompanhe tudo sobre:Guia de Investimentos

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