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Quanto preciso investir para ganhar R$ 15 mil mensais com FIIs?

Fundos imobiliários pagam rendimentos isentos de IR, mas o valor necessário para viver da renda depende da escolha dos ativos e do risco aceito; confira a simulação

FIIs podem ser uma ferramenta eficiente de geração de renda passiva para quem busca estabilidade e planejamento no longo prazo (Gustavo Mellossa/iStock/Getty Images)

FIIs podem ser uma ferramenta eficiente de geração de renda passiva para quem busca estabilidade e planejamento no longo prazo (Gustavo Mellossa/iStock/Getty Images)

Publicado em 9 de abril de 2025 às 17h19.

Viver de renda é um dos sonhos mais comuns entre investidores. A ideia de receber depósitos mensais na conta, sem precisar vender ativos, atrai quem busca independência financeira. Entre as alternativas mais populares para esse objetivo estão os Fundos de Investimento Imobiliário, os chamados FIIs. Mas afinal, quanto é preciso aplicar para garantir uma renda passiva de R$ 15 mil por mês com FIIs?

O que são FIIs e como funcionam

Os FIIs são veículos de investimento coletivo que aplicam recursos no setor imobiliário. Ao comprar cotas desses fundos, o investidor passa a ter direito a uma parte dos rendimentos gerados pelos aluguéis dos imóveis ou pelos recebimentos de títulos ligados ao mercado imobiliário.

Esses rendimentos são distribuídos mensalmente e, para pessoas físicas, são isentos de Imposto de Renda, desde que o fundo atenda a certos critérios, como ter ao menos 50 cotistas e suas cotas serem negociadas em bolsa. Isso torna os FIIs uma alternativa atrativa para quem busca fluxo de caixa constante.

Quanto investir para receber R$ 15 mil mensais

O valor necessário vai depender da rentabilidade média mensal dos fundos escolhidos. Atualmente, a maior parte dos FIIs distribui entre 0,7% e 1% ao mês em relação ao valor investido, o que equivale a um retorno líquido anual entre 8,4% e 12%.

Com base nesses percentuais, o cálculo para atingir uma renda de R$ 15 mil mensais é o seguinte:

  • Com retorno médio de 0,7% ao mês: é necessário investir aproximadamente R$ 2,14 milhões.
  • Com retorno de 0,8% ao mês: o valor cai para cerca de R$ 1,87 milhão.
  • Com rendimento de 1% ao mês: bastam R$ 1,5 milhão para alcançar o objetivo.

A escolha dos fundos e o nível de risco aceito impactam diretamente nesse valor inicial.

Fatores que influenciam os rendimentos

A rentabilidade de um FII varia conforme o tipo de ativo em que o fundo investe. Os principais segmentos são:

  • Fundos de tijolo: investem em imóveis físicos (shoppings, galpões logísticos, lajes corporativas). O rendimento vem da locação.
  • Fundos de papel: aplicam em títulos como CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Pagam rendimentos com base nos juros desses papéis.
  • Fundos híbridos: misturam imóveis físicos e títulos imobiliários na mesma carteira.

Além disso, fatores como vacância, inadimplência, revisão de contratos e variações nas taxas de juros podem afetar os rendimentos futuros.

Riscos e diversificação

Apesar de serem negociados em bolsa e oferecerem boa liquidez, os FIIs estão sujeitos a riscos — como desvalorização das cotas, oscilações nos dividendos e concentração em poucos inquilinos. Por isso, diversificar entre diferentes tipos de fundos e segmentos do mercado imobiliário é essencial para proteger o patrimônio e garantir estabilidade na renda.

Antes de investir, é recomendável estudar os relatórios gerenciais, histórico de distribuição, qualidade dos ativos e o perfil da gestão de cada fundo. Manter um acompanhamento regular também ajuda a ajustar a carteira ao longo do tempo, conforme as condições do mercado.

Planejamento financeiro e constância

Alcançar uma renda mensal alta com FIIs exige disciplina, paciência e aportes consistentes. Para muitos investidores, o caminho começa com pequenas aplicações mensais, que se acumulam ao longo dos anos com o reforço dos próprios rendimentos.

FIIs não são fórmula mágica, mas podem ser uma ferramenta eficiente de geração de renda passiva para quem busca estabilidade e planejamento no longo prazo. Ao entender como funcionam, fica mais fácil traçar um plano realista rumo à independência financeira.

Acompanhe tudo sobre:Guia de Investimentos

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