Assim como a previdência privada, os seguros de vida também não entram no inventário (Images By Tang Ming Tung/Getty Images)
Publicado em 26 de setembro de 2024 às 18h33.
Quando uma pessoa falece, é comum que seus bens sejam submetidos ao processo de inventário, que serve para fazer a partilha entre os herdeiros. Contudo, nem todos os investimentos entram nesse processo, pois alguns possuem regras específicas que evitam a sua inclusão no inventário. Entender quais são esses investimentos é fundamental para um planejamento sucessório eficiente e para garantir que os herdeiros recebam os ativos de forma rápida e sem complicações. A seguir, veremos quais são esses investimentos e por que eles não entram no inventário.
Antes de entender quais investimentos não entram no inventário, é importante compreender o que é esse processo. O inventário é a etapa jurídica necessária para identificar e distribuir os bens, direitos e dívidas deixados por uma pessoa falecida. Ele pode ser feito de forma judicial ou extrajudicial (em cartório), dependendo de fatores como a existência ou não de testamento e se há consenso entre os herdeiros.
A principal função do inventário é realizar a divisão dos bens entre os herdeiros, seguindo as regras legais de sucessão. No entanto, alguns investimentos não fazem parte dessa partilha e podem ser transferidos diretamente para os beneficiários indicados, sem passar pelo processo.
A principal razão pela qual esses tipos de investimentos não entram no inventário é que eles permitem a designação de beneficiários específicos no momento da contratação. Isso significa que, em caso de falecimento do titular, os valores são repassados diretamente para as pessoas indicadas, sem a necessidade de esperar pela conclusão do inventário, o que pode ser um processo demorado e custoso.
Além disso, ao não entrarem no inventário, esses ativos não estão sujeitos ao pagamento de impostos sobre herança, como o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), o que pode representar uma vantagem financeira significativa.
No entanto, vale destacar que o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis) pode incidir sobre o PGBL em alguns estados, dependendo da legislação local.
Investimentos como a previdência privada e o seguro de vida são frequentemente utilizados como ferramentas de planejamento sucessório. Eles permitem que o titular organize a distribuição de seus recursos de forma ágil e eficiente, garantindo que os beneficiários recebam os valores sem enfrentar os trâmites burocráticos do inventário.
Além disso, esses ativos oferecem flexibilidade, pois permitem a escolha de quem receberá os recursos e em que proporção, além de garantir que os beneficiários tenham acesso aos valores sem pagar impostos de transmissão.
Entender quais investimentos não entram no inventário é essencial para quem deseja fazer um planejamento sucessório eficiente e evitar que os herdeiros enfrentem complicações no futuro. A previdência privada, os seguros de vida e alguns fundos de pensão são exemplos de investimentos que não passam pelo inventário e podem ser transferidos diretamente aos beneficiários, oferecendo agilidade e redução de custos.
Por isso, é importante considerar esses ativos ao pensar no planejamento financeiro e sucessório, garantindo que os recursos sejam distribuídos de acordo com a vontade do titular e sem burocracias adicionais.