13 June 2022, Baden-Wuerttemberg, Rottweil: The logo of the American S&P 500 index and a candlestick chart can be seen in Trading View on the monitor of a computer in an office. Photo: Silas Stein/ (Photo by Silas Stein/picture alliance via Getty Images) (Getty/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 06h30.
Última atualização em 26 de fevereiro de 2024 às 16h22.
Derivativos são contratos financeiros cujo valor é derivado de um ativo subjacente, como ações, moedas, commodities ou taxas de juros.
Eles surgiram como uma forma de mitigar riscos e fornecer uma ferramenta para especulação.
Hoje, eles são amplamente utilizados por investidores individuais, instituições financeiras e empresas.
Derivativos são instrumentos financeiros cujo valor depende do valor de outro ativo, conhecido como ativo subjacente. Eles são utilizados para ajudar a gerenciar o risco financeiro ou para especular sobre as mudanças no preço do ativo subjacente.
Existem três tipos principais de derivativos: opções, futuros e swaps.
As opções são contratos que dão ao comprador o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender o ativo subjacente a um preço determinado em uma data futura.
As opções de compra, também conhecidas como call options, dão ao comprador o direito de comprar o ativo subjacente.
As opções de venda, também conhecidas como put options, dão ao comprador o direito de vender o ativo subjacente.
Os futuros são contratos que obrigam o comprador e o vendedor a comprar ou vender o ativo subjacente a um preço determinado em uma data futura.
Eles são comumente usados como uma forma de hedge de risco de preço para investidores e empresas.
Os swaps são contratos que permitem a troca de fluxos financeiros entre duas partes.
Eles são comumente usados para trocar taxas de juros ou moedas.
O preço de um derivativo é determinado por vários fatores, incluindo o preço do ativo subjacente, o tempo até o vencimento, a taxa de juros e a volatilidade implícita.
O preço teórico de uma opção pode ser calculado usando modelos matemáticos, como o modelo de Black-Scholes.
A volatilidade implícita pode ser calculada a partir do preço de mercado de uma opção.
Os derivativos são usados por investidores, empresas e governos como ferramentas para gestão de risco, alavancagem e especulação. Aqui estão alguns dos principais usos dos derivativos.
O Hedging é a estratégia de minimizar o risco financeiro através da compra de um derivativo que seja complementar a um ativo já possuído.
Por exemplo, um agricultor que planta soja pode querer proteger seu preço de venda futuro de possíveis flutuações no preço da soja.
Neste caso, ele pode comprar um contrato futuro de soja para fixar o preço de venda. De forma semelhante, uma empresa pode usar opções de moeda para proteger sua carteira de risco cambial.
O Hedging é frequentemente usado para minimizar o risco em carteiras de investimentos, como fundos de pensão e investidores institucionais.
A especulação é a prática de investir em um ativo com a expectativa de lucrar com sua flutuação futura de preço. Os especuladores usam derivativos como opções, futuros e CFDs para aumentar sua alavancagem e potencial de lucro.
A alavancagem é a capacidade de aumentar a exposição a um ativo usando uma quantidade relativamente pequena de capital.
Os derivativos como futuros e CFDs oferecem alavancagem, permitindo que os investidores tenham exposição a grandes quantidades de ativos por meio de uma pequena quantidade de capital de garantia.
No entanto, a alavancagem também aumenta o risco de perda, já que uma mudança adversa no preço do ativo subjacente pode resultar em perdas significativas.
É importante lembrar que a alavancagem deve ser usada com cuidado e apenas por investidores experientes e com uma compreensão clara dos riscos envolvidos.
Os investimentos em derivativos estão associados a uma série de riscos, tais como:
O risco de mercado é a possibilidade de flutuações no valor de um ativo subjacente afetarem o preço de um derivativo.
O risco de liquidez refere-se à possibilidade de não conseguir encerrar uma posição em derivativos devido à falta de compradores ou vendedores disponíveis.
Esse risco pode ocorrer em momentos de incerteza no mercado ou durante a negociação de ativos menos populares.
Investidores individuais podem investir em derivativos de duas maneiras principais: através de corretoras de valores ou comprando opções listadas em bolsa.
As corretoras de valores geralmente oferecem uma ampla variedade de derivativos, incluindo opções, futuros e contratos por diferença (CFDs).
Por outro lado, as opções listadas em bolsa são negociadas publicamente e oferecem transparência e liquidez aos investidores.
Os derivativos são conhecidos por serem uma ferramenta versátil para investidores, permitindo a criação de estratégias de investimento personalizadas. Aqui estão algumas estratégias populares de investimento em derivativos:
O objetivo desta estratégia é minimizar o risco de perda de valor em uma carteira de ativos, utilizando derivativos para proteger contra flutuações de preço negativas.
Por exemplo, um investidor pode usar opções de venda para se proteger contra uma queda no preço de uma ação ou commodity.
Esta estratégia envolve a compra de opções de compra (call options) quando se espera que o preço do ativo subjacente aumente, e a compra de opções de venda (put options) quando se espera que o preço do ativo diminua.
O objetivo é lucrar com as flutuações de preço do ativo.
A arbitragem envolve aproveitar as diferenças de preço entre diferentes mercados ou produtos derivativos.
Por exemplo, se o preço de uma commodity for mais alto em uma bolsa de valores do que em outra, um investidor pode comprar a commodity na bolsa mais barata e vender na bolsa mais cara, lucrando com a diferença de preço.
Agora que você já sabe o que são derivativos, é hora de entender como é possível investir nesse mercado.
O primeiro passo para que seja possível realizar investimentos em derivativos é abrir conta em uma corretora de valores mobiliários, só por meio delas é que você terá acesso a esse mercado.
Com a conta aberta, será necessário responder o perfil de investidor e, como derivativos possuem classificação de risco elevado, algumas instituições não disponibilizam as operações para os investidores com perfil muito conservador.
Portanto, se você tem um perfil mais conservador o mundo dos derivativos financeiros não é para você, pois eles apresentam oscilações muito maiores do que o mercado de ações, por exemplo, que já é bem volátil.
Se você tem perfil mais arrojado e, principalmente, entender o funcionamento dos derivativos, para conseguir investir neles, acesse o home broker de sua corretora ou procure um especialista que irá realizar toda a parte operacional para você.
E, claro, antes de comprar um derivativo financeiro traçe quais são os objetivos que busca com a operação, entenda os riscos e o nível de perda que a operação pode causar e saiba que terá que ficar muito atento às movimentações do mercado para não perder oportunidades de saída.
Dentro do mercado financeiro quem entende de derivativos normalmente é visto com olhos bem diferentes, pois é uma classe de ativos complexa e com um peso bem grande, já que possuem peculiaridades.
Se você gostou e entendeu até aqui o que são derivativos, com certeza ficou com curiosidade para entender mais.
Por essa razão, separamos 4 livros que tratam sobre o assunto e te possibilita conhecer ainda melhor esse mundo.
O livro produzido por John Hull pode ser definido como a bíblia do mercado de derivativos e está na estante de todos aqueles que amam esse mercado.
Com a sua leitura, você terá acesso a uma visão ampla do mercado de derivativos, com uma visão do mercado norte americano, mas também com alguns lampejos do mercado nacional.
Nele são abordados todos os conceitos fundamentais de todos os derivativos financeiros, bem como quais são os riscos atrelados a cada um deles.
Escrito por Lee Lowell, o livro, como o próprio nome diz, tem foco em um dos tipos de derivativos, as opções.
As opções são, sem dúvidas, o derivativo com maior demanda por parte dos investidores, por conta de todas as possibilidades que elas permitem ao investidor, seja alavancagem ou proteção de capital.
Além de toda a base teórica sobre opções, o autor também fala sobre estruturas que podem ser montadas e, principalmente, em quais cenários elas podem favorecer ou não o investidor.
Com uma linguagem acessível, o autor consegue suprir a demanda tanto de iniciantes quanto de operadores do mercado que desejam revisar conceitos e estratégias.
Organizado por Fabio Giambiagi, o livro é um estudo prático de como os investidores podem realizar o gerenciamento do risco de mercado por meio dos derivativos.
Por essa razão, o livro entrega muitos cálculos sobre risco de mercado, como funciona a precificação dos ativos financeiros para que seja possível entender se é ou não válido montar estruturas para gerenciamento do risco.
Em suma, da lista esse é um dos livros mais técnicos, mas que se torna essencial pois trata da relação entre os derivativos e o risco de mercado.
Focado no mercado brasileiro, Leonel Molero e Eduardo Mello criaram um manual sobre derivativos onde demonstram tudo o que as tesourarias utilizam em seu dia a dia para montar operações.
Assim, com exemplos de hedge, arbitragem e especulação, os autores passam por toda a parte teórica e utilizam exemplos práticos dentro do mercado brasileiro para deixar mais clara a utilização de todos os instrumentos.
O livro, em sua terceira edição, além de falar dos derivativos financeiros, passa a abordar os Certificado de Operações Estruturadas (COE), XVA e hedge para empresa.
Conheça mais sobre mercado financeiro com os artigos do Guia de Investimentos da EXAME Invest:
Este artigo foi escrito com auxílio de inteligência artificial.