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Follow-on Offer: entenda o que é e como funciona

Oferta subsequente de ações permite que empresas levantem capital e investidores ampliem suas oportunidades no mercado

O Follow-on Offer aumenta a liquidez das ações e pode indicar crescimento da empresa (oxygen/Getty Images)

O Follow-on Offer aumenta a liquidez das ações e pode indicar crescimento da empresa (oxygen/Getty Images)

Publicado em 11 de março de 2025 às 17h33.

No mercado financeiro, as empresas podem emitir novas ações para captar recursos além do que já foi arrecadado em sua oferta pública inicial (IPO). Esse processo é chamado de Follow-on Offer, ou oferta subsequente de ações, e pode ser uma estratégia importante tanto para companhias em crescimento quanto para investidores que buscam novas oportunidades na bolsa.

Seja para financiar projetos, reduzir dívidas ou expandir operações, o follow-on pode impactar significativamente o valor de uma ação e a participação dos acionistas. Entenda como funciona, suas vantagens e o que considerar antes de investir.

O que é o Follow-on Offer?

O Follow-on Offer é a emissão de novas ações por uma empresa que já está listada na bolsa de valores. Diferente do IPO, que marca a estreia da companhia no mercado de capitais, o follow-on ocorre quando uma empresa já negociada decide captar mais recursos por meio da venda de novas ações.

Essa oferta pode ser feita de duas formas:

  • Primária: os recursos arrecadados vão diretamente para a empresa, que os usa para expansão, investimentos ou pagamento de dívidas.
  • Secundária: os acionistas atuais vendem parte de suas participações, sem que a empresa receba novos recursos.

Quais as vantagens do Follow-on Offer?

O follow-on pode beneficiar tanto a empresa quanto os investidores. Para a companhia, a principal vantagem é a captação de capital sem precisar recorrer a empréstimos, o que pode reduzir o endividamento. Além disso, a oferta pode aumentar a liquidez das ações e ampliar a base de investidores.

Para quem investe, o follow-on pode ser uma chance de comprar ações a preços mais atrativos, já que as novas emissões costumam oferecer descontos em relação ao valor de mercado. Além disso, pode indicar expansão e fortalecimento da empresa, dependendo do motivo da oferta.

Como funciona a oferta subsequente de ações?

O processo de follow-on segue etapas estruturadas para garantir transparência e eficiência na emissão das ações. Primeiro, a empresa anuncia a intenção de realizar a oferta e submete um pedido à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em seguida, instituições financeiras atuam como coordenadoras da oferta, definindo quantidade de ações e preço junto ao mercado.

Investidores interessados podem participar do processo, que pode ser aberto a qualquer investidor (oferta pública) ou restrito a grandes investidores (oferta restrita). Após a venda das ações, o capital captado é direcionado conforme o plano da empresa.

Para quem o Follow-on é indicado?

O follow-on pode ser uma boa estratégia tanto para empresas que buscam expansão quanto para investidores que desejam aumentar sua participação em uma companhia. No entanto, é essencial avaliar o motivo da oferta, o impacto da emissão no preço das ações e as perspectivas da empresa no mercado.

Quem já possui ações da empresa deve considerar o efeito da diluição, que ocorre quando a emissão de novas ações reduz a participação proporcional dos acionistas antigos. Para evitar isso, alguns investidores optam por comprar mais papéis durante a oferta.

Vale a pena investir em Follow-on?

O sucesso de um follow-on depende do contexto da empresa e do mercado. Se a captação de recursos for usada para expansão estratégica e crescimento sustentável, pode ser uma boa oportunidade de investimento. Porém, se for motivada por dificuldades financeiras, é importante analisar os riscos antes de participar.

Avaliar o histórico da empresa, seu planejamento de uso dos recursos e o desconto oferecido nas novas ações são passos fundamentais para tomar uma decisão informada e aproveitar as oportunidades que o follow-on pode proporcionar.

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