O testador pode realizar doações em vida, respeitando os limites legais (damircudic/Getty Images)
Publicado em 8 de agosto de 2024 às 16h56.
A herança no Brasil é regulada por um conjunto de leis que asseguram a proteção dos herdeiros necessários, como filhos, pais ou cônjuge. Essas leis garantem que uma parte do patrimônio, conhecida como "legítima", seja destinada obrigatoriamente a esses herdeiros. Portanto, não é possível deixar toda a herança para um único filho sem considerar a legítima.
Os herdeiros necessários têm direito a 50% dos bens deixados pelo falecido, independentemente do que esteja estipulado no testamento. Essa parte é inalienável e deve ser distribuída conforme a lei. A outra metade do patrimônio, chamada de "parte disponível", pode ser destinada conforme a vontade do testador.
Embora não seja possível deixar toda a herança para um único filho, existem estratégias legais que podem ser utilizadas para favorecer um herdeiro de forma mais significativa:
Um planejamento sucessório bem estruturado é fundamental para evitar disputas familiares e assegurar que a divisão dos bens ocorra de acordo com a vontade do falecido. Além disso, permite que o testador tome decisões informadas sobre a melhor forma de distribuir seu patrimônio, considerando as necessidades e direitos de todos os herdeiros.
Embora a legislação brasileira não permita que toda a herança seja destinada a um único filho, existem mecanismos legais que podem ser utilizados para favorecer um herdeiro de maneira significativa. Consultar um advogado e realizar um planejamento sucessório adequado são passos essenciais para assegurar que a divisão dos bens ocorra de forma justa e conforme a vontade do testador.