Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 10h26.
Os fundos cambiais são uma categoria de investimentos que aplicam a maior parte de seus recursos em ativos relacionados a moedas estrangeiras, como dólar ou euro. Eles são indicados para quem busca se proteger de variações cambiais ou diversificar a carteira com ativos expostos a economias internacionais.
Tais fundos são uma categoria de investimento que aloca a maior parte de seu patrimônio em ativos diretamente relacionados à variação de moedas estrangeiras, como dólar ou euro. Por regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), estes devem investir pelo menos 80% de seus recursos em ativos cambiais, como contratos futuros, derivativos ou títulos vinculados à oscilação da moeda.
O restante, até 20%, pode ser aplicado em ativos de renda fixa, geralmente com o objetivo de aumentar a liquidez ou mitigar os riscos associados à volatilidade cambial.
O retorno é composto principalmente pela valorização ou desvalorização da moeda estrangeira em relação ao real. Por exemplo:
Adicionalmente, esses fundos podem obter rendimentos dos títulos de renda fixa ou derivativos usados como parte da estratégia. No entanto, é importante considerar os custos e tributos que podem impactar o retorno final. O rendimento é variável e pode ser negativo em cenários de desvalorização da moeda estrangeira.
Os custos são cobrados pelas instituições gestoras e pelas transações relacionadas aos ativos do fundo. Os principais são:
É o mais comum e serve para remunerar a gestão do fundo, cobrindo despesas operacionais e administrativas.
Alguns cobram uma taxa de performance quando o fundo supera o índice de referência (benchmark), como o CDI ou a variação cambial.
Os fundos cambiais estão sujeitos ao Imposto de Renda (IR), seguindo a tabela regressiva para fundos de longo prazo:
Além disso, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incide nos resgates feitos nos primeiros 30 dias após o investimento. A alíquota do IOF é reduzida gradualmente até ser zerada no 31º dia.
Incluem despesas diversas, como auditorias, custódia dos ativos e custos com transações realizadas no mercado. Essas despesas são diluídas entre os cotistas e impactam a rentabilidade final.
Sim, os fundos cambiais são considerados uma modalidade de renda fixa, pois a maior parte de sua composição está ligada a títulos ou derivativos que refletem a variação cambial. No entanto, eles possuem características de risco e volatilidade que os tornam diferentes dos demais, especialmente os mais conservadores, como os atrelados ao CDI ou à Selic.
Um exemplo de fundo cambial seria um que invista 80% ou mais do patrimônio em contratos de dólar futuro ou em títulos atrelados à variação cambial.
Assim como outros investimentos, os fundos apresentam risco de mercado elevado, uma vez que dependem de oscilações cambiais, que podem ser imprevisíveis e influenciadas por fatores econômicos e geopolíticos.
Eles são mais indicados para quem:
Vale lembrar que os fundos cambiais são uma ferramenta útil para diversificação e proteção contra variações cambiais, mas exigem atenção às taxas, tributos e volatilidade. São indicados para quem entende os riscos e busca equilibrar a carteira com ativos expostos a moedas estrangeiras. Pesquisar e comparar os fundos disponíveis é essencial para fazer a melhor escolha.
Para aumentar as chances de sucesso na hora de investir, convém seguir algumas dicas. A primeira é diversificar a carteira, não alocando todo o capital em fundos cambiais e incluindo outros tipos de ativos, como renda fixa ou ações, para reduzir os riscos.
Também é importante estudar o mercado e entender como a moeda estrangeira de referência (dólar, euro, etc.) está performando e quais fatores podem influenciá-la. Por fim, considere o tempo de retorno— os fundos cambiais são mais adequados para médio e longo prazo —, especialmente para evitar custos como IOF e aproveitar a tributação regressiva do IR.