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Fundo Verde, de Stuhlberger, tem segunda queda anual da história

Um dos fundos mais bem-sucedidos do país, com valorização acumulada de 18.300% desde 1997, fechou 2021 em queda de 1,1%; Ibovespa caiu 11,9% no ano

Fundo Verde: ganho de cerca de 18.300% em quase 25 anos | Foto: Bloomberg (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Fundo Verde: ganho de cerca de 18.300% em quase 25 anos | Foto: Bloomberg (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 13h16.

Última atualização em 5 de janeiro de 2022 às 15h06.

Por Vinícius Andrade, da Bloomberg

O lendário Fundo Verde, que tem retorno acumulado de mais de 18.300% desde sua criação em 1997, registrou uma rara queda anual.

O fundo teve desvalorização de 1,1% em 2021, após sofrer com apostas em ações brasileiras e passar por um dos meses mais difíceis de sua história em outubro, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. O fundo se recuperou após um turbulento início de quarto trimestre e subiu 2,1% em dezembro. O Ibovespa encerrou o ano em queda de 11,9%, no pior desempenho em seis anos.

A outra única vez em que o fundo terminou um ano no vermelho foi em 2008, quando recuou 6,4% em meio à crise financeira global que eclodiu em setembro daquele ano. O fundo é gerido pela Verde Asset Management, comandada pelo veterano Luis Stuhlberger, e tem o Credit Suisse como acionista minoritário.  A Verde não comenta.

A queda do Verde -- um dos fundos multimercados mais conhecidos e bem-sucedidos do Brasil -- ocorre em um momento em que a indústria local lida com resgates líquidos (resgates menos aportes) à medida que a alta das taxas de juros estimula a migração dos recursos para apostas em produtos de renda fixa.

O retorno médio de uma cesta de 242 multimercados brasileiros acompanhados pela Bloomberg no período de três meses encerrado em 27 de dezembro ficou positivo em 0,78%, cerca de um ponto percentual abaixo do ganho do CDI, que é o balizador do rendimento da renda fixa.

No ano passado, o Verde aumentou sua exposição a ações brasileiras dado que o mercado parecia precificar um cenário “bastante inóspito” após um forte tombo no terceiro trimestre, segundo a gestora. Mas a bolsa local acelerou as perdas com sinais de que o governo iria quebrar o teto de gastos, o que pressionou a performance do fundo. E o que de fato aconteceu.

A Verde Asset Management tem cerca de R$ 50 bilhões sob gestão.

(Com a Redação)

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