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Dólar a R$ 4,74: como aproveitar a maior desvalorização da moeda no ano

Após bater quase R$ 6 reais em 2021, este ano a moeda norte-americana acumula mais de 10% de queda; veja métodos para aprender a analisar o cenário e conseguir lucros

Dólar: de acordo com dados da consultoria Economática, o Brasil é o local onde a moeda apresentou a maior desvalorização em 2022 (Daniel Grizelj/Getty Images)

Dólar: de acordo com dados da consultoria Economática, o Brasil é o local onde a moeda apresentou a maior desvalorização em 2022 (Daniel Grizelj/Getty Images)

BC

Beatriz Correia

Publicado em 23 de março de 2022 às 15h57.

Última atualização em 25 de março de 2022 às 17h24.

Após bater quase R$ 6 reais em 2021, o dólar perdeu força este ano. Na tarde desta sexta-feira (25), a moeda norte-americana chegou a ser negociada por R$ 4,74 e chama a atenção de investidores e da população. Desde janeiro, o dólar acumula uma queda que ultrapassa os 10%. De acordo com dados da consultoria Economatica, o Brasil é o local onde a moeda apresentou a maior desvalorização em 2022. 

Fonte: B3

Para entender o motivo da forte queda do dólar, é preciso analisar o cenário macroeconômico e entender quais fatores impactam a cotação. Esse olhar macro é importante para qualquer análise de um ambiente econômico e de ativos financeiros, com o objetivo de tomar decisões corretas na hora de investir. A estratégia de valuation é uma das ferramentas mais tradicionalmente usadas por especialistas na hora de realizar esta análise.

Quem sabe fazer o valuation é capaz de identificar tendências e analisar cenários econômicos, a fim de construir seus fundamentos com bases respaldadas em estudos científicos e análise de dados. O MBA em Valuaion e Análise Financeira da Exame em parceria com a Fipecafi apresenta ao profissional a técnica para analisar o mercado financeiro de forma crítica e consciente. Quer saber mais? Clique aqui.

Por que o dólar está caindo?

 

De acordo com análises de economistas, o movimento de queda do dólar em 2022 é influenciado por alguns fatores como o alto volume de investimento estrangeiro no Brasil; o aumento da taxa Selic; e a valorização de preço das commodities no exterior. 

O primeiro motivo está ligado à regra básica do mercado, a oferta e demanda. Quanto mais dólar houver disponível na economia brasileira, menor será o seu valor. No momento, o país registra uma alta de investimentos estrangeiros, o que faz com que o volume de dólares no Brasil aumente, ajudando na redução do preço. Só em 2022, o investimento estrangeiro na bolsa brasileira já ultrapassa os US$ 50 bilhões. 

O interesse internacional no mercado acionário do Brasil está diretamente ligado à alta da taxa de juros. Com a Selic em dois dígitos, investidores estrangeiros buscam rendimentos maiores na renda fixa brasileira. Atualmente, o Brasil paga uma das maiores taxas de juros e oferece um retorno maior nos investimentos desta modalidade, tornando o país interessante entre os emergentes. 

Enquanto isso, a guerra entre Rússia e Ucrânia tem feito o preço das commodities disparar. Se em 2020 o barril do petróleo era negociado em média a US$ 50, este ano, já chegou a ultrapassar os US$ 100. Além do petróleo, produtos como soja e minério de ferro também são impactados. O cenário favorece o Brasil enquanto exportador de algumas dessas commodities, fazendo com que o país receba mais dólares como pagamento. 

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Como saber até onde vai a queda?

 

Apesar do recuo do dólar neste início de ano, muitos analistas acreditam que a moeda deve voltar a subir a patamares acima dos R$ 5 até o final do ano, influenciado pela instabilidade do mercado comum em ano eleitoral. O último boletim Focus divulgado pelo Banco Central estima que o dólar seja negociado a R$ 5,30 até dezembro. 

Para chegar a essas expectativas, os especialistas utilizam métodos como o valuation. Diante de tantos fatores que impactam a macroeconomia como pandemia, conflitos armados e decisões políticas, a demanda por profissionais capazes de analisar, identificar e originar oportunidades no mercado financeiro é crescente. 

Sabendo da urgência de preparar profissionais para identificar tendências econômicas e avaliar empresas com base em dados, a EXAME Academy e a FIPECAFI, entidade sem fins lucrativos criada por professores do Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, lançaram o MBA em Valuation e Análise Financeira.

Com carga horária mínima de 420 horas, o curso tem o objetivo de potencializar experiências de engajamento técnico-profissional na área financeira e de capacitar profissionais para analisar o mercado de forma crítica e consciente.

Além de mestres e doutores formados pela USP, os alunos também terão a oportunidade de aprender com executivos com ampla experiência prática e profissional, aliando o melhor da academia e do mercado.

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