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Democratização é a chave para crescimento do KISU11, afirma gestor

FoF passivo do mercado de FIIs planeja desdobramento de cotas e redução na taxa de administração

KISU11 combina estratégia passiva e ativa para superar o IFIX | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

KISU11 combina estratégia passiva e ativa para superar o IFIX | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

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Beatriz Quesada

Publicado em 3 de julho de 2021 às 13h00.

Última atualização em 23 de julho de 2021 às 14h49.

Um dos cinco maiores fundo de fundos (FoF) da indústria de fundos imobiliários pode ficar ainda mais acessível ao investidor. Para 2021, os planos do KISU11 (KILIMA FUNDO DE FII SUNO 30) envolvem desdobramento de cotas e diminuição da taxa de administração. 

O primeiro passo pode ocorrer ainda este mês. Os cotistas do fundo decidem, em assembleia no dia 21 de julho, se aprovam o desdobramento das cotas (split) de 1 para 10. Caso seja aprovada, a mudança divide cada cota do fundo por 10 e diminui o preço dos papéis na mesma proporção. Ou seja, uma cota que atualmente vale 115,69 reais, passaria a valer 11,56 reais.

Para Eduardo Levy, sócio-fundador Kilima Asset e gestor do KISU11, o passo democratiza o acesso ao fundo, uma vez que seria possível investir a partir de 12 reais, enquanto a grande maioria dos fundos imobiliários é cotada na casa dos 100 reais.  O fundo conta com um patrimônio de mais 500 milhões de reais.

“Nós queremos inovar, esse é nosso posicionamento e nossa forma de crescer no mercado brasileiro”, afirmou Levy em entrevista ao professor Arthur Vieira de Moraes, apresentador do programa “FIIs em EXAME” que vai ao ar toda sexta-feira às 15h, no canal do Youtube da Exame Invest

O KISU11 nasceu em outubro de 2020 com o objetivo de superar o IFIX – índice de referência para o mercado imobiliário – por meio de uma estratégia que combina gestão passiva e ativa. 

No campo passivo, o fundo segue a carteira teórica do índice de referência SUNO 30, que filtra os 30 maiores fundos do IFIX em patrimônio líquido, excluindo os monoativos (que investe apenas em um único ativo) e aqueles não pagaram dividendos nos últimos 12 meses.

Já a gestão ativa, atua no sentido de fazer as melhores alocações possíveis dentro dos parâmetros estabelecidos pelo SUNO 30. “Procuramos ganhos suficientes não só para cobrir os custos do fundo, mas também gerar um alpha, um ganho excedente – o que a gente vem conseguindo fazer com sucesso”, afirma Levy. 

É essa atuação do gestor, a propósito, que justifica a cobrança de taxa de administração de 0,60% ao ano. Os planos, no entanto, são de diminuir a taxa para 0,50% até o final de 2021. “Uma das coisas que estamos pensando é diminuir ainda mais esse custo, porque existe um espaço muito grande para o KISU11 crescer e até tomar o espaço do que seria um ETF só que com a adição da gestão ativa – ainda em um custo acessível".

O principal diferencial do KISU11, na visão de Levy, é a chamada distribuição ingênua, que consiste na divisão equitativa dos pesos entre os fundos. Isso significa que, a cada rebalanceamento trimestral da carteira, todos os fundos devem ter o mesmo peso dentro do FoF. Para o gestor, o fator traz um grau de descorrelação entre os ativos que beneficia a carteira.

O professor Vieira explicou o funcionamento da estratégia. “Se algum fundo se valorizou bastante, o gestor vai ter que vender um pedaço pra voltar lá para o peso correto. Por outro lado, se um fundo se desvalorizou e não saiu do índice, é preciso comprar mais, para repor o peso. E eventualmente alguns papéis vão entrar e sair do KISU11”.

Outro ponto destacado por Levy é a alta liquidez do KISU11, uma vez que o FoF investe nos 30 fundos mais líquidos do IFIX. “Em um primeiro momento, a estratégia não parece razoável porque em períodos de pânico o investidor retira dinheiro de onde há mais liquidez. Porém, ao mesmo tempo, são esses fundos que têm maior condição de retomada na crise, e, em num momento de ciclo positivo, são também esses fundos que vão crescer mais”, concluiu.

Durante o programa, o gestor também detalhou sua visão sobre a recente proposta de tributação do setor, levantada com a segunda parte da reforma tributária apresentada à Câmara. “Mais dia ou menos dia, a tributação vai acontecer”, afirmou Levy, considerando que no exemplo internacional já existem cobranças similares.

Por fim, Levy comentou sobre suas principais apostas para o setor de fundos imobiliários, que incluem os segmentos de lajes corporativas e renda urbana (lojas de rua). Assista ao programa na íntegra abaixo:

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