Mercado: "no cenário doméstico, os riscos relacionados à questão fiscal devem permanecer por mais um tempo" (iStock/Abril Branded Content)
Karla Mamona
Publicado em 5 de abril de 2021 às 14h34.
Última atualização em 5 de abril de 2021 às 15h59.
A incerteza sobre o processo de vacinação no país e o desafio fiscal pesaram sobre o “Ibovespa doméstico (varejo, consumo, educação, entre outros)” em março. Somado a isso, no mês passado, o Banco Central deu início ao ciclo de alta de juros.
Para o analista Bruno Lima, da EXAME Invest Pro, no mês de abril, o risco fiscal segue como o maior desafio para que o mercado acionário apresente um resultado mais positivo no médio prazo. Ele ressalta que as discussões sobre o orçamento envolvendo o Executivo e o Legislativo resultaram na alta do dólar e nos juros mais elevados.
Diante deste cenário, a equipe de analistas da EXAME Invest Pro rebalanceou a carteira de ações para abril. Desta maneira, as ações do Grupo Energisa foram retiradas da carteira e a Totvs entrou no lugar. Além disso, houve uma redução na JBS e aumento na B3.
“O risco fiscal nos leva a manter uma diversificação maior na carteira, mas sem perder oportunidades em ações mais dependentes da atividade doméstica.”
Sobre a Totvs, Lima destacou o histórico da companhia, a aceleração de outras unidades de negócio e as potenciais fusões e aquisições. O analista aponta preço-alvo de 34,35 reais por ação até o final do ano. Nesta terça-feira, os papéis eram negociados na casa dos 29 reais.
Sobre a B3, a tese de investimento é baseada no aumento estrutural da atratividade para investidores e ótimas margens com monopólio do serviço. O preço-alvo estimado é de 71 reais por ação. Hoje, o papel era negociado a 54 reais.
A carteira EXAME é composta ainda de ações da Vale, Lojas Americanas, Magazine Luiza, CCR, Rumo, JBS, Marfrig, JHSF, Direcional e Multiplan. No mês de março, a rentabilidade da carteira foi de 4,4%. Os destaques positivos da carteira foram JBS (17,3%), Multiplan (24,4%) e CCR (14,8%).