(Getty/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2022 às 14h00.
Bolsa de Valores de Londres: esse é o nome de uma das bolsas internacionais de maior importância para a economia global.
Sendo assim, conhecer mais sobre essa bolsa é importante para quem deseja investir seu dinheiro e está iniciando como investidor.
A Bolsa de Valores de Londres (em inglês, London Stock Exchange) é o nome dado à bolsa de valores da Inglaterra, sendo considerada a principal bolsa do continente europeu. Sua importância é tão elevada que ela é, de fato, apenas menor que a NYSE, NASDAQ (ambas americanas), a bolsa de valores de Tóquio (japonesa) e as bolsas chinesas de Shanghai e Hong Kong.
Vê-se, uma vez que mais de duas mil empresas possuem capital aberto na LSE, que essa bolsa de valores tem uma elevada importância no cenário mundial.
Independente do investidor querer investir ou não em empresas da bolsa inglesa, é fundamental saber o que é a bolsa de valores de Londres porque ela é referência para a economia global.
Também é importante saber que ela possui um índice de empresas com capital aberto, o FTSE 100. Ele é composto pelas 100 maiores companhias do país negociadas na LSE (sejam elas britânicas ou não).
Esse índice pode ser usado para avaliar o desenvolvimento da economia britânica. De fato: pode-se comparar esse índice ao índice Ibovespa no Brasil, composto também pelas maiores empresas do país.
Outra comparação possível é com os índices S&P 500, Dow Jones e Nasdaq-100, importantes para mensurar o desenvolvimento da economia dos EUA.
Por fim, o cálculo do FTSE 100 é calculado pelo FTSE Group, gerido por dois entes distintos: a London Stock Exchange e o Financial Times, importante grupo editorial.
Em primeiro lugar, a importância da bolsa de valores de Londres é muito elevada por ela ser uma das bolsas mais antigas do mundo.
Ou seja: ela foi fundamental para o desenvolvimento do mercado financeiro como o conhecemos. Ainda que a bolsa negocie empresas da região, suas operações foram guia para o desenvolvimento de bolsas de valores em outros países.
Por exemplo: ela se manteve atuante mesmo passando por guerras e conflitos, desastres naturais, recessões econômicas, epidemias e tantos outros imprevistos.
Mesmo assim, ela conseguiu trazer rentabilidade para quem havia alocado capital, mostrando que o longo prazo e investimento com fundamentos pode aumentar o patrimônio do investidor.
Por fim, ela é a porta de entrada para muitos investidores que desejam investir o seu dinheiro em empresas britânicas. É o caso, por exemplo, de investidores institucionais que querem investir nas empresas do país.
Entretanto, mesmo o investidor pessoa física pode se beneficiar da existência dessa bolsa, podendo negociar fundos de investimento e ações presentes no país.
Primeiramente, quando se fala em bolsa de valores, logo se pensa no investimento em ações, um dos veículos de renda variável mais famosos entre investidores.
Sendo assim, investidores que alocam capital nessa bolsa podem comprar ações de todo tipo: tanto mercados mais tradicionais (como bancos, elétricas e empresas de commodities) como mercados mais inovadores (como tecnologia).
No entanto, há também a possibilidade de negociar outros ativos, como títulos de dívida, debt securities e depositary receipts (DRs) através do Professional Securities Market (PSM).
Esse tipo de ativo pode se capitalizar sem a necessidade de seguir as regras mais rígidas do mercado de ações, o que atrai muitas empresas.
Por exemplo: não é preciso que depositary receipts reportem balanços ou demonstrações financeiras no Reino Unido, podendo usar suas demonstrações do seu país de origem.
Entretanto, as empresas precisam ter aprovação da UK Listing Authority (UKLA), um órgão regulador do mercado de capitais do Reino Unido, para que sejam listadas e possam ser negociadas na LSE.
Existem, de fato, diversos mercados na bolsa de Londres. O principal deles, no entanto, chama-se Exchange’s Main Market.
Esse é o principal mercado por ser aquele de maior governança corporativa na LSE, sendo ocupado por empresas de alcance global (e, portanto, mais conhecida de investidores internacionais).
Por isso, empresas mais bem estabelecidas preferem esse mercado, que exige maiores requisitos regulatórios e de ESG, atraindo a atenção de investidores e fundo de ações internacionais, por exemplo.
Sendo assim, essas empresas adquirem a confiança dos investidores e conseguem ser negociadas de forma mais volumosa por negociantes do resto da Europa – e até mesmo de outros lugares do mundo.
Há, além disso, as companhias de menor tamanho no mercado que são negociadas na AIM, uma bolsa no mercado de acesso criada em 1995. Desde sua criação, quase 4 mil empresas já abriram capital dessa forma.
Vale notar que essas empresas nem sempre são do Reino Unido: assim como na bolsa americana, empresas internacionais podem abrir seu capital através da LSE.
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