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Alta da Selic impulsiona demanda por fundos de crédito privado

Relatório de análise de fundos do BTG Pactual digital aponta produtos que tendem a se beneficiar do movimento de aperto monetário

Ativos de renda fixa voltam a ter aumento do rendimento acompanhando a alta da Selic | Foto: Jonathan Kitchen/Getty Images (Jonathan Kitchen/Getty Images)

Ativos de renda fixa voltam a ter aumento do rendimento acompanhando a alta da Selic | Foto: Jonathan Kitchen/Getty Images (Jonathan Kitchen/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2021 às 06h21.

O ciclo de altas da taxa Selic, iniciado em março deste ano, vem provocando o aumento da demanda por produtos de renda fixa, além de renovar a atratividade dos fundos de crédito privado que compram títulos bancários (CDBs) e dívida privada (debêntures). Essa é a conclusão do novo relatório de análise de fundos de investimentos do BTG Pactual digital, assinado pela analista Juliana Machado.

Segundo a publicação, a alta da taxa básica de juros já havia colocado em evidência os títulos pós-fixados ligados ao CDI e a mesma tendência acontece nos fundos que compram esses instrumentos.

Além disso, os fundos de crédito privado tendem a capturar a compressão dos chamados prêmios de crédito, a remuneração exigida pelos investidores. Mesmo depois de a Selic já ter subido para 4,25% ao ano, os prêmios ainda seguem elevados porque, comparativamente, a taxa básica ainda está me patamares historicamente muito baixos.

A remuneração dos títulos pós-fixados de dívida pública ou privada (bancária ou corporativa) é formada por duas partes. Uma delas é parcela pós-fixada, isto é, indexada a um índice, como o IPCA na NTN-B (ou Tesouro IPCA+) e o CDI na LFT (ou Tesouro Selic).

A outra parcela é prefixada, que corresponde propriamente ao prêmio de risco. Essa taxa prefixada é acordada na compra do título, mas só é efetiva se o título for levado até o vencimento; do contrário, o investidor receberá o que o mercado estiver pagando no momento – fenômeno chamado de marcação a mercado e que afeta a rentabilidade efetiva do produto.

“Os prêmios no mercado secundário permaneceram elevados porque a Selic estava em patamares muito baixos, e não porque o risco de crédito das instituições e das empresas teve substancial deterioração. Muito embora a pandemia tenha tido impacto relevante em vários negócios, o segmento de melhor qualidade (high grade) não sofreu na mesma proporção”, escreve a analista.

Nomes de destaque

Diante do aumento da captação dos fundos de crédito e da oportunidade que o segmento ainda reserva com novas altas da Selic em vista, o relatório também traz alguns nomes de fundos que poderão se beneficiar do movimento. Um deles é o fundo BTG Pactual CDB Plus RF CP, um fundo com liquidez diária (resgate imediato) e com gestão ativa no mercado de juros para superar o CDI, por meio da negociação de títulos de dívida de grandes bancos.

“No caso dos bancos, mesmo as instituições com qualidade de crédito inferior também não tiveram impacto relevante da pandemia, graças à resistência do próprio sistema bancário e algumas medidas adotadas pelo Banco Central de estímulo à liquidez e folga de capital”, afirma o relatório.

Já entre fundos que compram dívida corporativa não-bancária, a analista cita o fundo ARX Everest FI RF CP, gerido pela equipe de crédito da ARX Investimentos e com meta de rentabilidade de CDI + 1,8% ao ano, a mais agressiva entre os produtos da gestora ligados ao CDI.

 

 

 

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