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Dia do Professor: os mestres que inspiraram professores da Exame Academy

“Bons professores ensinam até quando não percebem que o estão fazendo”; confira o que mais os tutores da Exame Academy acham sobre os seus professores

Professores Exame Academy (Foto/Arte/Exame)

Professores Exame Academy (Foto/Arte/Exame)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2020 às 13h29.

Última atualização em 21 de outubro de 2020 às 12h25.

Muito provavelmente alguma vez na vida você já teve aquele professor que olhou e pensou “nossa, que pessoa inteligente”. É aquele professor que sabe contextualizar os assuntos, te fazer perceber coisas que você nunca perceberia sozinho (pelo menos é o que você acha) e entender o funcionamento de toda uma engrenagem complexa como se fosse a mais simples. É aquele professor que faz a matéria chata e difícil ficar fácil e interessante.

A proposta da Exame Academy é juntar os melhores professores e a tecnologia mais avançada. Uma aula dada com vontade e dedicação por quem gosta, domina o assunto e que coloca a alma para fazer algo diferente transforma vidas e visões de mundo. Já um professor ruim pode destruir o interesse de alguém em um tema, tirar a vontade das pessoas de aprender, matar o potencial dos alunos.

“Quando a gente tenta lembrar a quantidade de professores bons que tivemos na vida, nós contamos nos dedos de uma mão os que realmente marcaram sua vida e te agregaram alguma coisa. Isso mostra como ter um professor bom faz a diferença”, comenta André Portilho, head da Exame Academy.

Hoje, 15 de outubro é comemorado o Dia Nacional do Professor. Para celebrar a data nós perguntamos aos professores dos cursos da Exame Academy quais foram os professores que mais marcaram a vida deles. Confira:

Quem foi o professor que mais marcou sua vida e por quê?

André Portilho, head da Exame Academy:

O primeiro foi o Beto, professor de história, ele dava uma aula tão boa e tão diferente do padrão que me ajudou a abrir a cabeça e o raciocínio. Ele ensinou a raciocinar, não de uma forma linear, mas relacionando os pontos em uma lógica de causa e consequência. As provas eram sempre uma pergunta para conectar os fatos com consequências. Dava trabalho fazer a prova dele, em uma questão a gente escrevia de duas a três páginas. Outro professor foi o Bibiano, de gramática e literatura. A aula de literatura era um show, ele colocava uma paixão contando e analisando os textos, também contextualizando os movimentos literários com o mundo. Ele foi o cara que me ensinou a ler poesia e ter mais gosto por literatura, ler nas entrelinhas e tentar entender o que se passava na cabeça dos escritores.

André Bona, professor dos cursos Manual do Investidor, Saindo das Dívidas e Comece a Poupar

Meu pai e minha mãe foram professores, inclusive eu tive aulas com o meu pai no ensino médio profissionalizante. Em função dos assuntos que frequentemente ocorriam durante as refeições, ambos foram decisivos para que eu tomasse gosto pelo ensino. Foram professores essenciais para mim tanto no sentido formal quanto na formação pessoal. Na faculdade eu tive um professor chamado Mario Petrocchi, já falecido, que me incentivou bastante e com o qual eu tive a oportunidade de escrever meu primeiro livro no ano de 2003 relacionado ao mercado de turismo. Posteriormente acabamos nos afastando por razões diversas, porém a sua contribuição intelectual - e também prática - foi maior até do que ele mesmo pudesse imaginar. Bons professores ensinam até quando não percebem que o estão fazendo.

Juliana Machado, professora do curso Mapa dos Fundos:

Eu tive uma professora de português na oitava série que chamava Valéria. Uma das frases mais famosas que ela tinha para nós estudantes era "Eu gostaria de ter o tamanho da minha coragem". Ela era super baixinha e eu achava isso extraordinário, ela me ensinou muito sobre ser forte e seguir em frente. A Valéria também falou para nós escrevermos um livro, e o último bimestre do ano foi dedicado a isto. Foi uma experiência muito bacana, uma oportunidade de estar em contato comigo mesma, com o português e a leitura. Eu agradeço muito à Valéria por ter me inspirado desse jeito e inspirado outros estudantes.

Felipe Collins, professor do curso Inovação na Prática da ACE em parceria com a Exame Academy:

Eu tive excelentes professores, desde a professora de física, que me fez ser um dos melhores alunos do colégio, até o Pedro Waengertner, CEO da ACE, que eu gostei tanto não só da disciplina mas da forma que ele dava aula que eu vim parar aqui e hoje também sou sócio da Ace.

Victor Bigelli, professor do curso Mente em foco:

Um professor que eu admiro muito e teve um impacto importante na minha carreira. É o doutor Renato Marchetti, o que me inspirava nele era toda a habilidade técnica, o conhecimento e a curiosidade de ler os clássico para entender a história.

Hoje como professor, o que você falaria para o aluno que você foi?

André Portilho: Tenha um pouco mais de paciência com aqueles professoras e professores que percebíamos que não são tão brilhantes e que provocamos atrapalhando a aula. Eu fiz muito isso. E também tenha mais disciplina com algumas matérias que você não gosta, não tem interesse, deixa para estudar em cima da hora. Isso nem sempre dá certo.

Juliana Machado: Vai ser difícil mesmo, não vai deixar de ser difícil, mas vai mudar para ser um pouco melhor, então não desista. Às vezes a gente acha que não é para nós, mas se você insistir talvez seja, o tempo e a maturidade vão te dizer. Tenha paciência.

André Bona: Pense que aprender e se desenvolver é sua missão. Nem tudo que você aprende deve ser analisado apenas do ponto de vista da utilidade profissional, pois a sua visão de mundo e a construção dos seus valores vai determinar grande parte de suas decisões. Tente aprender algo novo todo dia porque isso vai fazer diferença no futuro.

Felipe Collins: Eu diria para o Felipe aluno para continuar curioso, continuar com vontade de aprender, que é uma habilidade fundamental para todo mundo.

Victor Bigelli: Nunca esqueça a importância dos professores como organizadores e orientadores do conhecimento. Tenha curiosidade de ler, de buscar o conhecimento. Você precisa de alguém que te oriente, que aprenda a falar para você se aquilo é o mais adequado ou não, porque só ao longo do tempo você aprende o poder de crítica, e esse é o grande desafio dos professores.

Como você vê a educação do futuro?

André Portilho: Educação será mais fluida e mais líquida do que tem hoje. Será uma junção do digital com o presencial. Metodologia assíncrona. O curso será gravado para você assistir quando e onde quiser, poder voltar quantas vezes achar necessário para refazer aquilo que você pode não ter entendido. Você consegue trazer o conteúdo para o seu ritmo. No mundo analógico, o bom professor teria uma escala de alcance muito pequena, no máximo 100 pessoas por sala, falando alto. No mundo digital, a quantidade de pessoas que podem ser atingidas por esses bons professores é absurda. Os bons vão se destacar, trazer cada vez mais alunos e dominar o mercado. Na Exame Academy nosso maior desafio é encontrar esses professores e dar condições a eles de fazerem a sua arte.

Juliana Machado: Eu vejo a educação do futuro menos como commodity. Acho que deveríamos tratar a educação menos como status social e nem como um objeto de troca por outra coisa, mas como um aprendizado para a vida e crescimento pessoal acima de qualquer conhecimento formal. Isso não quer dizer que quem estuda bastante não deve ser bem remunerado, não é sobre isso, mas eu gostaria de ver a educação sendo tão valorizada quanto a nossa própria vida, porque boa parte dela é feita de aprender e descobrir coisas.

André Bona: Vejo a educação no futuro muito mais dinâmica, inclusiva e transversal. Vejo a importância do aprendizado formal como uma espinha dorsal que permite que as habilidades transversais sejam compreendidas com mais facilidade. Mas basicamente vejo o conteúdo cada vez mais disponível e as experiências mais compartilhadas. Não acredito naquela antiga via de mão única onde o educador é o detentor do conhecimento e responsável por transmiti-lo. Vejo o educando com um papel muito mais protagonista e ativo na sua própria jornada, tendo a oportunidade de experimentar e construir sua trajetória de maneira individualizada, se dedicando aos temas que mais lhe instigam e montando uma “grade educacional” totalmente personalizada ao longo da vida.

Felipe Collins: Eu vejo a educação do futuro muito pautada na vontade individual das pessoas para adquirirem competências, características e comportamentos para se tornarem profissionais e pessoas melhores.

Victor Bigelli: No meio de tanta informação e facilidade com tecnologia, quem vai pegar essa informação, organizar e deixar de maneira palatável e inteligível que estimule o raciocínio e à crítica. Acho que esse é exatamente o desafio dos professores e da educação do futuro.

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