O preço justo de uma ação é uma das premissas da análise fundamentalista (MicroStockHub/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2021 às 15h21.
Última atualização em 11 de junho de 2021 às 15h23.
Investir não é só escolher uma empresa para aportar o seu suado dinheiro, depois de dias e dias de trabalho. As ações na bolsa de valores possuem um "preço justo", que equivalem a um bom preço de entrada em um ativo. Mas, afinal, o que isso quer dizer? É o que esclarece o analista do BTG Pactual, Bruno Lima.
Ele explica que o investidor precisa dominar alguma técnica ou confiar muito e ter uma opinião formada sobre determinado ativo, o que também exige conhecimento do mercado financeiro. "Defendemos muito a análise fundamentalista. É uma técnica que nos mostra até onde o papel pode chegar, com um bom grau de confiabilidade”, afirma.
“Olhamos para os balanços e demonstrativos financeiros das companhias para fazer o modelo quantitativo. Porém, mais importante do que a quantitativa é a análise qualitativa”, complementa.
Isso porque, segundo ele, existem empresas que possuem vantagens competitivas. “Ou porque elas estão em um setor com perspectiva positiva ou porque desenvolveram, ao longo dos anos, vantagens competitivas, como uma tecnologia ou serviço especial e exclusivo”, afirma Lima.
As análises qualitativas também levam em conta a concorrência de uma determinada empresa no setor e o histórico de execução dos executivos dela, além de outras regras.
O preço justo de uma ação é uma das premissas da análise fundamentalista, que consiste em avaliar as perspectivas de uma determinada companhia. Ou seja, analisar a situação financeira dela e até onde ela pode chegar no longo prazo.
Há diversos fatores que os analistas que usam essa tese como base olham antes de indicar uma ação. O objetivo principal, entretanto, é sempre buscar uma companhia que tenha o maior potencial de lucro possível.
Dominando técnicas de análise de mercado, o investidor também pode utilizá-las para não vender um papel na hora errada ou comprar determinada empresa na bolsa na hora errada.
“Se o investidor não possui muita experiência, geralmente ele busca relatórios e análises de profissionais. É importante que ele também estude o mercado para saber os motivos que levam uma ação a cair ou subir”, diz. Lima também afirma que é preciso sempre ter em mente os objetivos de curto, médio e longo prazo, além de saber exatamente qual a sua tolerância ao risco.
Especialistas utilizam o valuation para saber o preço alvo de certa empresa, que nada mais é do que a valoração da empresa. Para saber isso, os analistas costumam olhar muito para o crescimento de receita, margem operacional e geração de caixa da companhia.
Lima destaca também que, para o investidor iniciante, é interessante criar objetivos claros, já antes de investir. “É preciso ficar atento à diversificação, diminuição de custos de corretagem e, principalmente, focar no longo prazo”, finaliza.
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