Meta AI: ferramenta está disponível no recurso de mensagens dos apps da empresa (ALAIN JOCARD/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 20 de setembro de 2024 às 13h12.
Última atualização em 20 de setembro de 2024 às 13h15.
A Meta AI, assistente de inteligência artificial da Meta, completou um ano no mercado, revelando padrões de uso que contrastam com o chatbot líder do setor, o ChatGPT da OpenAI. Segundo dados internos obtidos pelo The Information, a maioria dos usuários diários da Meta AI acessa o serviço via WhatsApp, com o segundo maior grupo vindo do Facebook. Por outro lado, poucos usuários do Instagram estão usando a assistente.
A maior parte dos usuários do WhatsApp está fora dos EUA, e a vasta maioria dos usuários da Meta AI também é de fora do país, o que limita o valor desses públicos em termos de receita publicitária para a Meta, já que esses mercados costumam ser menos lucrativos que o americano.
A assistente está disponível em oito idiomas e 22 países em aplicativos sociais da Meta, além de ser acessível em inglês nos EUA e Canadá através dos óculos inteligentes Ray-Ban. No entanto, não há um aplicativo exclusivo da Meta AI. A empresa planeja mudar isso transformando o app Meta View, atualmente utilizado para controlar os óculos, em um app dedicado à assistente.
Os principais usos da Meta AI envolvem pesquisa, busca de informações, edição de textos e entretenimento, segundo uma fonte familiar com a situação. Em uma entrevista recente, Mark Zuckerberg afirmou que muitos utilizam a assistente para "simular interações sociais difíceis", dado que a IA não julga o que é perguntado.
Essa utilização contrasta com a do ChatGPT, que é amplamente usado por engenheiros de software como assistente de codificação, algo que não é popular na Meta AI, possivelmente devido à sua integração com redes sociais e dispositivos como os óculos.
Zuckerberg revelou recentemente que a Meta AI já alcançou cerca de 185 milhões de usuários semanais, um número próximo aos 200 milhões semanais do ChatGPT. Ainda assim, um obstáculo para o crescimento é a falta de disponibilidade da assistente na União Europeia, devido às restrições de privacidade de dados.
A Meta está trabalhando em atualizações que serão anunciadas na próxima conferência Connect, incluindo uma função que permitirá conversas com a assistente via um ícone na barra de pesquisa dos aplicativos. A empresa também deve anunciar que seu modelo de linguagem LLaMA 3, que impulsiona a Meta AI, será capaz de reconhecer imagens, um recurso já oferecido por concorrentes como OpenAI e Google.