Redatora
Publicado em 10 de abril de 2025 às 11h29.
A demanda por energia elétrica para data centers no mundo todo irá dobrar e chegar a 945 terawatt-horas (TWh) nos próximos cinco anos, um pouco mais do que o consumo do Japão hoje, estima um relatório recém divulgado da Agência Internacional de Energia (IEA).
O maior impulsionador da demanda será, por razões bastante claras, a inteligência artificial, que exigirá uma demanda quatro vezes maior do que a atual em 2030, calcula o relatório Energia e IA.
Em economias avançadas, data centers serão responsáveis por aumentar em 20% o consumo de eletricidade. Nos Estados Unidos, por exemplo, os data centers irão representar metade do crescimento em demanda por energia elétrica até 2030.
O país deve usar mais energia para processar dados do que para fabricar todos os bens que exigem alta intensidade energética juntos, como alumínio, aço, cimento e produtos químicos.
O relatório recomenda aos países que queiram se beneficiar do potencial de IA acelerar rapidamente novos investimentos em geração de energia e redes, além de melhorar a eficiência de data centers.
Segundo o relatório, a IA pode intensificar algumas tensões relacionadas à segurança energética, ao mesmo tempo em que ajuda a resolver outras. Os ataques cibernéticos a provedoras de energia tem aumentado e se tornado mais sofisticado com a ajuda da IA, mas a mesma tecnologia também pode auxiliar na defesa contra esses ataques.
Junto disso, de acordo com o relatório, a demanda por energia elétrica nos data centers aumentará emissões de gases poluentes. Mas esse crescimento será pequeno no contexto geral do setor de energia e pode ser reduzido pelo uso de IA, que tende a ficar mais integrada a pesquisas científicas.