Os fundadores da Baseten: Tuhin Srivastava (CEO), Amir Haghighat, Philip Howes e Pankaj Gupta lideram a startup que busca simplificar a infraestrutura de IA e reduzir custos de inferência para empresas (Divulgação)
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Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 13h24.
Última atualização em 20 de fevereiro de 2025 às 13h33.
A Baseten, startup especializada em infraestrutura para inteligência artificial, recebeu um investimento de US$ 75 milhões em uma rodada Série C, anunciada na quarta-feira, 19. A empresa, fundada no Vale do Silício, desenvolve plataformas que ajudam companhias a rodar modelos de IA de forma mais eficiente, sem precisar gerenciar diretamente a complexa infraestrutura envolvida.
A rodada foi liderada pelos fundos IVP e Spark, com participação de Greylock, Conviction e Basecase. A startup também recebeu apoio de Adam Bain e Dick Costolo, ex-executivos do Twitter, por meio do fundo de capital de risco 01 Advisors. O novo valor de mercado da Baseten não foi divulgado.
Segundo a empresa, os recursos serão usados para expandir a equipe e acelerar o desenvolvimento de soluções como o Chains, uma arquitetura e SDK que permite executar sistemas de IA de alto desempenho. A Baseten também aposta na expansão internacional para atrair novos clientes.
Executar grandes modelos de inteligência artificial em produção exige uma infraestrutura robusta e expertise técnica. Empresas que tentam gerenciar suas próprias GPUs e escalar cargas de trabalho acabam gastando tanto tempo com infraestrutura quanto com o desenvolvimento de produtos.
A plataforma da Baseten resolve esse problema ao simplificar o processo para desenvolvedores. Com suporte a multi-cloud, os clientes podem rodar modelos em qualquer nuvem, como AWS e Google Cloud, e automaticamente transferir cargas para a infraestrutura própria da Baseten quando necessário. Isso garante acesso a mais GPUs do que um único provedor poderia oferecer.
A startup também investiu para melhorar o desempenho. Com integração ao TensorRT-LLM, da NVIDIA, a Baseten otimiza a inferência de modelos de linguagem para rodar mais rápido. Além disso, sua plataforma gerencia versionamento, monitoramento e orquestração para garantir que os modelos fiquem online mesmo quando provedores de nuvem retiram GPUs para manutenção.
Com a adoção de inteligência artificial crescendo, empresas buscam formas de reduzir custos operacionais. O setor foi pressionado após o laboratório chinês DeepSeek anunciar, em janeiro, que conseguiu treinar modelos de IA com custos muito menores do que concorrentes dos EUA.
A Baseten se antecipou e integrou suporte ao modelo DeepSeek-R1, que concorre com o GPT-4o da OpenAI. Os clientes da Baseten geralmente reduzem em 40% ou mais seus custos de inferência em comparação com arquiteturas internas.