O chatbot da Anthropic está disponível no Brasil desde o início do mês (Claude/Divulgação)
Repórter colaborador
Publicado em 23 de agosto de 2024 às 10h25.
Última atualização em 23 de agosto de 2024 às 10h26.
Um grupo de escritores está processando a startup de inteligência artificial Anthropic, alegando que a empresa cometeu "roubo em grande escala" ao treinar seu chatbot Claude com cópias de livros protegidos por direitos autorais.
Processos semelhantes já aconteceram com o ChatGPT, da rival OpenAI, mas esse é o primeiro caso movido por escritores contra Anthropic.
A empresa é sediada em São Francisco e foi fundada por ex-líderes da OpenAI. A companhia tem se promovido com uma mensagem de que é "mais responsável e focada em segurança de modelos de IA que podem escrever emails e resumir documentos", de acordo com o site Fast Company.
No entanto, a ação judicial apresentada na segunda-feira, 19, alega que as atitudes da empresa "zombaram de seus objetivos elevados" ao acessar repositórios de livros pirateados para construir sua IA.
O processo foi movido por pelo trio de escritores Andrea Bartz, Charles Graeber e Kirk Wallace Johnson. Os três buscam representar uma classe de autores de ficção e não-ficção em situação semelhante.
Além do processo dos autores de livros, a Anthropic também está enfrentando uma ação judicial movida por editoras de música que alegam que o Claude recicla letras de músicas protegidas por direitos autorais.
A OpenAI e a Microsoft, parceiras no negócio de IA, também estão com problemas na área. Enfrentam um processo por violação de direitos autorais movido por um grupo liderado por nomes como John Grisham (auto de "A Firma" e "O Dossiê Pelicano", por exemplo) e George R. R. Martin (de "Game of Thrones"), além de outras ações judiciais de veículos de mídia como The New York Times, Chicago Tribune e Mother Jones.
Desde o início do mês, consumidores finais e empresas poderão acessar a ferramenta pela internet, nos aplicativos gratuitos para Android e iOS (versão Claude 3.5 Sonnet) e nos canais para desenvolvedores integrarem o recurso em seus aplicativos.
O diferencial do Claude está no uso corporativo. Em testes recentes, ele se mostrou melhor que os ricas em administrar tarefas que envolvem grandes volumes de dados, em cálculos matemáticos e também escrita de códigos de programação.