Repórter colaborador
Publicado em 21 de outubro de 2024 às 06h55.
A empresa de busca de inteligência artificial Perplexity iniciou negociações para captar recursos nas quais está buscando mais que dobrar seu valor de mercado para US$ 8 bilhões ou mais.
Segundo reportagem do The Wall Street Journal, a Perplexity realizou três rodadas de financiamento no ano passado — um ritmo bem acelerado mesmo para os padrões do Vale do Silício. Em janeiro, foi avaliada em US$ 520 milhões. No meio do ano, sua avaliação havia crescido para US$ 3 bilhões.
Os esforços da startup para levantar mais dinheiro serão um teste para captar como está o momento do negócio de IA. A OpenAI, cujo ChatGPT domina o mercado, fechou recentemente uma das maiores rodadas de financiamento da história do Vale do Silício, levantando US$ 6,6 bilhões, com uma avaliação de mercado de US$ 157 bilhões.
A Perplexity disse aos investidores que está buscando levantar cerca de US$ 500 milhões na nova rodada de financiamento, segundo o WSJ.
A receita anualizada da startup é atualmente de cerca de US$ 50 milhões. Em março, sua receita anualizada foi de pouco mais de US$ 10 milhões.
Fundada há dois anos e apoiada por Jeff Bezos, a Perplexity é uma combinação de mecanismo de busca e chatbot de IA. Ela vasculha a web em busca de informações atuais como o Google e fornece respostas a perguntas como o ChatGPT.
A Perplexity atualmente ganha dinheiro vendendo assinaturas premium para consumidores. Ela lançou recentemente uma versão para clientes corporativos e em breve começará a vender anúncios, ampliando suas fontes de receita.
O mecanismo de busca está recebendo cerca de 15 milhões de consultas por dia, de acordo com uma pessoal consultado pelo WSJ.
A Perplexity foi criticada por uma série de veículos de imprensa que a acusaram de usar seu material sem permissão para gerar resultados de pesquisa de IA. O New York Times enviou recentemente à Perplexity um aviso exigindo que a startup pare de acessar seu conteúdo.
O presidente-executivo da Perplexity, Aravind Srinivas, disse que sua empresa não está ignorando as tentativas do Times de bloquear o acesso ao seu site e não quer ter um relacionamento turbulento com os grandes sites de notícias.