Repórter
Publicado em 29 de setembro de 2023 às 11h15.
Última atualização em 29 de setembro de 2023 às 11h16.
A mais recente edição do CEO Outlook Pulse, conduzida pela EY, consultoria global de destaque, buscou entender a visão de mais de 1.200 CEOs, incluindo 50 do Brasil, sobre a inteligência artificial (IA). Todos os entrevistados representam empresas com faturamento superior a US$1 bilhão no último ano fiscal.
Leandro Berbert, sócio de Estratégia e Transações da EY Brasil, destaca que os CEOs globalmente veem a IA como uma força positiva, mas estão atentos a possíveis consequências não previstas.
“De modo geral, os CEOs mundo afora estão adotando a inteligência artificial como uma força para o bem, mas mantendo-se cautelosos com consequências desconhecidas e não intencionais”. conta Leandro Berbert, sócio de Estratégia e Transações da EY Brasil. “Eles também acreditam que mais ações precisam ser feitas para mitigar significativos riscos sociais, éticos e cibernéticos”, completa.
A pesquisa aponta que 38% dos CEOs brasileiros veem a IA como uma força para o bem, enquanto globalmente esse número é de 29%.
Sobre a substituição de humanos pela IA no mercado de trabalho, 32% dos líderes brasileiros concordam totalmente que a tecnologia trará novas oportunidades de carreira, comparado a 27% globalmente.
A ética na utilização da IA é outra preocupação. No Brasil, 52% concordam totalmente sobre a necessidade de foco nas implicações éticas, enquanto globalmente esse número é de 29%.
Em relação à gestão de consequências indesejadas da IA, 40% dos CEOs brasileiros concordam totalmente que mais ações são necessárias, alinhando-se à média global de 29%.
No horizonte dos próximos 12 meses, os CEOs brasileiros priorizam fusões e aquisições (34%), seguido por reserva de caixa para oportunidades futuras (30%). Globalmente, a reserva de caixa lidera com 29%.
Apenas 12% dos CEOs brasileiros não têm planos de investir significativamente em inovação impulsionada por IA. Por outro lado, 52% já estão totalmente integrados a essa inovação. Berbert ressalta a crescente relevância da IA nas estratégias empresariais.
A IA é percebida como uma ferramenta para avançar nas metas de sustentabilidade, atendendo às demandas por transparência ESG. No Brasil, todos os CEOs entrevistados consideram a sustentabilidade como prioridade na alocação de recursos. Globalmente, 16% colocam a sustentabilidade no centro de suas estratégias de alocação de capital.