Inteligência Artificial

Google lança IA para acelerar pesquisas científicas

Ferramenta baseada no modelo Gemini 2.0 auxilia na formulação de hipóteses e organização de planos de estudo

A ferramenta co-cientista utiliza modelo de IA Gemini 2.0 (Greg Baker/AFP)

A ferramenta co-cientista utiliza modelo de IA Gemini 2.0 (Greg Baker/AFP)

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 07h23.

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O Google anunciou o lançamento na quarta-feira, 20, de uma ferramenta de inteligência artificial (IA) para acelerar o desenvolvimento de pesquisas. Construído com Gemini 2.0, o chamado co-cientista tem o objetivo de espelhar o processo de racionalização com base no método científico.

A ferramenta sintetiza informações científicas e atua na formulação de hipóteses. Para isso, a IA analisa o objetivo atribuído pelo usuário e o transforma em uma configuração de plano de pesquisa, gerenciada por um agente Supervisor, que será responsável por atribuir itens da fila de trabalho e alocar recursos. A ferramenta também usa feedback automatizado para gerar, refinar e avaliar hipóteses.

Hipóteses bem sucedidas

O recurso foi testado por pesquisadores da Universidade de Oxford e da Imperial College of London. Para verificar as capacidades da IA, o co-cientista foi questionado sobre tratamento para fibrose no fígado (quando há acúmulo de tecido de cicatriz).

Todas as opções fornecidas pela IA se mostraram promissoras, de acordo com o Google. Um relatório da Universidade de Stanford ainda a ser publicado trará resultados mais detalhados sobre o uso da IA nesse caso.

“Esse projeto ilustra como sistemas de IA colaborativos e centrados no ser humano podem ampliar a engenhosidade humana e acelerar a descoberta científica”, disse o Google em nota.

Recentemente, a OpenAI também lançou uma ferramenta de IA voltada para pesquisas mais aprofundadas e complexas chamada Deep Research. A ideia é que o usuário utilize a ferramenta quando desejar uma análise detalhada, em vez de respostas rápidas.

Na área da medicina, a startup OpenEvidence construiu um chatbot que responde questões sobre saúde. Os dados da IA vieram de revistas científicas e, durante seu treinamento, a ferramenta ficou desconectada da internet pública com o intuito de evitar alucinações.

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