Repórter
Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 09h10.
Última atualização em 10 de fevereiro de 2025 às 09h11.
A França vai apostar em sua energia nuclear abundante para se tornar um polo global de inteligência artificial, destinando um gigawatt de eletricidade para um centro de computação de IA que deve custar €10 bilhões na primeira fase.
O projeto, liderado pela FluidStack, pretende conectar 250 megawatts de energia a chips de IA até 2026, podendo expandir para 500.000 chips até 2028 e alcançar 10 gigawatts até 2030.
O plano se soma a outra iniciativa no país, financiada por investidores do Oriente Médio, que também prevê um gigawatt de eletricidade para IA. Essas iniciativas buscam transformar a Europa em um centro de computação avançada, competindo com os EUA, onde projetos como o Stargate, no Texas, lideram a infraestrutura global de IA.
Junto disso, a FluidStack pretende levantar €10 bilhões por meio de capital próprio e empréstimos para financiar a primeira fase do projeto. A empresa negocia com grandes desenvolvedores de IA e prevê abrigar 120.000 chips Nvidia inicialmente, número que pode crescer exponencialmente conforme a demanda.
Com 57 reatores nucleares operando em 18 usinas, a França gera 20% mais eletricidade do que consome, exportando o excedente. O presidente Emmanuel Macron vê essa vantagem energética como estratégica para consolidar o país como um líder global em infraestrutura de IA.
Se concluído conforme planejado, o centro da FluidStack pode fortalecer a Europa na corrida pela IA, reduzindo sua dependência de infraestruturas nos EUA e China.