Para Sam Altman, a IA foi fundamental para essa ideia de pessoa-unicórnio (Justin Sullivan//Getty Images)
Repórter colaborador
Publicado em 6 de fevereiro de 2024 às 08h11.
Última atualização em 8 de fevereiro de 2024 às 15h15.
Os unicórnios são aquelas startups que passam a valer mais de US$ 1 bilhão. Mas e se estivermos próximo de que uma pessoa se torne um unicórnio? Sim, uma pessoa, sozinha, valendo mais de US$ 1 bilhão? A ideia pode parecer maluca, mas já está sendo discutida.
Segundo a revista Fortune, esse conceito tem a aprovação de Sam Altam, CEO da OpenAI, a empresa por trás do ChatGPT. Em entrevista ao cofundador da rede Reddit, Alexis Ohanian, Altman disse que ele sempre pensa "quando um fundador de empresa alcançará o valor de US$ 1 bilhão sem contratar um único funcionário".
"No meu grupo de conversa com CEOs de tecnologia sempre há essa aposta de em que ano haverá a pessoa-empresa de US$ 1 bilhão", falou Altamn. "Nós não poderíamos imaginar isso sem a inteligência artificial e agora isso está acontecendo", completou.A pessoa-unicórnio poderia desafiar a convenção de que as empresas precisam contratar pessoas para crescer. "Isso vai ser um novo fenômeno onde CEOs ficarão empolgados em acordar para trabalharem com muito menos e muito mais performance, com uma cultura de equipes bem mais forte", comentou Ohanian.
Diante desse cenário, a perspectiva de um "unicórnio de uma pessoa só" pode representar o ápice do espírito empreendedor valorizado pela indústria de tecnologia. Uma operação conduzida por apenas uma pessoa, utilizando tecnologia para construir uma empresa avaliada em mais de US$ 1 bilhão, seria o ápice da narrativa em que o Vale do Silício foi construído - esforços individuais e condições difíceis no começo da trajetória dos negócios. A imagem clássica das operações sendo tocadas nas garagens das casas sempre vem à mente.
Pode ser o início de uma nova era de ouro das startups.