Bill Gates e Will.i.am: investimento em startup avaliada em US$ 4 bilhões (Montagem/Getty Images)
Repórter
Publicado em 3 de julho de 2023 às 13h41.
Última atualização em 3 de julho de 2023 às 14h18.
A dinâmica do mercado de ações mudou significativamente em um ano. Depois de presenciar a maior queda desde 2008, os principais índices do mercado saltaram mais de 20% em seis meses, sugerindo a chegada de um novo mercado de alta. No entanto, incertezas sobre a economia, possíveis aumentos na taxa de juro e um potencial leve recessão ainda existem.
Mesmo diante desses desafios, a expectativa de crescimento acelerado das ações de tecnologia, impulsionado pela adoção acelerada de inteligência artificial (IA), está incentivando o mercado. O ano de 2023 é testemunha da maturação da IA, e uma startup em particular, chamada Inflection AI, está ganhando destaque.
A Inflection AI tem como objetivo a construção de um novo tipo de assistente virtual alimentado por IA.
A empresa foi fundada no ano passado por Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn; Mustafa Suleyman, cofundador da empresa de pesquisa em IA, DeepMind (agora propriedade da Alphabet); e Karén Simonyan, cientista da computação e pesquisador de IA na DeepMind.
Além de seus criadores, na sua última rodada de financiamento, a startup atraiu Bill Gates, a Nvidia e o ex-CEO do Google, Eric Schmidt.
Os investidores iniciais incluem também o ex-diretor de tecnologia da Meta Platforms, Mike Schroepfer, o artista musical e membro fundador do Black Eyed Peas, Will.i.am, e o CEO da DeepMind, Demis Hassabis.
A empresa levantou US$ 1,3 bilhão em dinheiro e créditos de computação em nuvem, elevando o total para US$ 1,5 bilhão.
O último acordo avalia a empresa em cerca de US$ 4 bilhões, marcando o segundo maior financiamento para uma startup de IA este ano. O primeiro lugar foi para a OpenAI, que ajudou a IA a se tornar mainstream. A Microsoft investiu um total próximo de US$ 13 bilhões na empresa.
O chatbot conversacional Pi, que estreou em maio, é o produto inovador da Inflection AI. Pi, abreviação de "personal intelligence" (inteligência pessoal), não apenas responde a perguntas, fornece ideias e ajuda a fazer planos, mas também permite aos usuários "desabafar de uma maneira gentil e compassiva".
Diferente do ChatGPT, que responde o que lhe é perguntado, Pi é projetado principalmente para conversação e interação, em vez de criação de conteúdo original ou codificação.
Para chegar no estado da arte no quesito conversa humanizada, a Inflection AI se associou à Nvidia e ao provedor de nuvem CoreWeave. A ideia é aproveitar o poder computacional das unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia, que é o padrão da indústria, e acelerar as cargas de trabalho em um nível que a IA seja capaz entender anseios emocionais de seus usuários.
Do ponto de vista técnico, a infraestrutura da Inflection é "o maior cluster de IA do mundo, composto de 22.000 GPUs Nvidia H100 Tensor Core".
Para os investidores que desejam participar do crescimento da Inflection AI, uma opção é investir indiretamente em Nvidia ou Microsoft, embora ainda não esteja claro qual empresa possui a maior participação.
No entanto, ainda levará algum tempo antes que saibamos qual dos futuros chatbots irá prevalecer.
Bill Gates mencionou que ficaria desapontado se a Microsoft não estivesse envolvida, mas também está impressionado com algumas startups, incluindo a Inflection.