Inteligência Artificial

Apple perde espaço na China para Vivo e Huawei e tenta reagir com novo iPhone

A empresa enfrenta obstáculos por conta do apoio do governo chinês dado as concorrentes e a falta da Apple Intelligence em seus dispositivos

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 10h31.

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Apesar de já ter reinado no mercado chinês de smartphones, Apple tem perdido espaço para duas fabricantes chinesas, a Vivo e a Huawei. No movimento mais recente, a Apple conta com uma nova oferta de smartphone, o iPhone 16e, lançado na semana passada, para tentar recuperar espaço na China. Apesar de ser mais caro do que smartphone de entrada iPhone SE que substituiu, o iPhone 16e dispõe de mais funcionalidades.

Mas há obstáculos para retomar o mercado que detinha, em parte porque as empresas chinesas contam com apoio do estado para subsídios e contratos. Dados da International Data Corporation (IDC) indicam que, no quarto trimestre de 2024, a participação da Apple caiu 9,6%, enquanto o da Vivo cresceu 14% e o da Huawei 22,8% durante o mesmo período. A companhia manteve seu primeiro lugar no market share no quarto trimestre, mas ficou atrás da Vivo no total de 2024.

Falta da Apple Intelligence

A fabricante de iPhones tem encontrado dificuldades de lançar seus dispositivos equipados com a IA Apple Intelligence. Isso porque os modelos precisam de aprovação do governo da China, mas o parceiro global da Apple, OpenAI, fica baseado nos Estados Unidos. A Apple, agora, trabalha com gigantes chinesas como Alibaba e Baidu para aprovar a IA até fim deste ano em seus dispositivos enviados a China.

Durante apresentação de resultados da empresa, o CEO da Apple, Tim Cook, disse que a linha de iPhone 16 tinha uma performance melhor em locais onde a Apple Intelligence estava disponível.

Socorro do governo chinês

Enquanto isso, as concorrentes chinesas tem acelerado esforços para tornar seus produtos mais sofisticados. A Huawei, por exemplo, lançou o primeiro smartphone tri-dobrável do mundo, o Mate XT.

A China aplicou bilhões de dólares em forma de contratos preferenciais e subsídios entre a Huawei e organizações ligadas ao governo chinês ou ao partido comunista. Isso ajudou a Huawei a ultrapassar os obstáculos advindos das restrições impostas pelos EUA, que, há cinco anos, tornou mais difícil para que a Huawei adquirisse componentes essenciais para fabricação de smartphones competitivos.

Com a proibição dos EUA de que a empresa utilizasse o sistema operacional do Google, o Android, a companhia criou seu próprio sistema operacional. A Huawei também conseguiu superar o controle de exportações de chips ao construir um software que aproveitasse ao máximo do hardware.

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