Suzano compra fábricas de papel cartão por US$ 110 milhões de olho em mercado nos EUA
Maior fabricante de papel e celulose do mundo, brasileira fez segunda aquisição em um mês
Raquel Brandão
Repórter Exame IN
Publicado em 12 de julho de 2024 às 19:22.
Última atualização em 12 de julho de 2024 às 20:39.
A Suzano continua a demonstrar apetite. Depois de desistir da aquisição da International Paper e um mês após anunciar a compra de uma fatia de 15% da Lenzing, uma fabricante austríaca de celulose solúvel e tecidos, a fabricante de papel e celulose anunciou a compra de duas fábricas de papel cartão revestido e não revestido da Pactiv Evergreen, nos Estados Unidos — marcando posição nesse mercado.
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No valor de US$ 110 milhões, a transação vai ser paga à vista e não afeta a alavancagem da companhia, que chegou ao seu pico em 3,5 vezes no primeiro trimestre deste ano.
As duas fábricas estão nos estados de Arkansas e Carolina do Norte e têm capacidade total integrada de aproximadamente 420.000 toneladas métricas por ano de papel cartão, especialmente usados para embalagens de líquidos, como caixas de suco e leite.
A negociação inclui, ainda, um contrato de serviços de transição, na qual a Pactiv prestará serviços para a Suzano nas fábricas e outro contrato de contrato de fornecimento de longo prazo, na qual a Suzano passará a fornecer para a Pactiv os produtos atualmente produzidos em Pine Bluff e consumidos pela americana, que passará a ser um cliente relevante deste novo ativo da brasileira.
"A operação está alinhada à avenida estratégica de longo prazo da Suzano de “avançar nos elos da cadeia, sempre com vantagem competitiva”, proporcionando à companhia a entrada no mercado norte-americano de papelcartão com competitividade e escalabilidade", diz a Suzano em comunicado.
A emprsa destaca três principais características da operação: ativos competitivos e bem posicionados na curva de custo da indústria; excelente localização geográfica quanto à infraestrutura operacional e
logística, por ter amplo acesso à madeira de baixo custo (incluindo opcionalidade futura); e operação líder do mercado norte-americano no segmento.
"A companhia visa aportar seu conhecimento e experiência operacional no negócio de papel cartão, buscando ampliar a competitividade estrutural e rentabilidade dos ativos adquiridos."
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Raquel Brandão
Repórter Exame INJornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado