Goldman Sachs vê espaço para recuperação e eleva Gerdau para compra
Revisões negativas para a rentabilidade da empresa já foram todas feitas e chegou a hora de aproveitar a baixa e entrar no papel, diz o banco
Raquel Brandão
Repórter Exame IN
Publicado em 2 de fevereiro de 2024 às 12:12.
Última atualização em 2 de fevereiro de 2024 às 12:25.
Na contramão de outra casas, que vem rebaixando sua recomendação para a Gerdau, o Goldman Sachs acredita que o pior já ficou para trás para a siderúrgica e de um upgrade no papel para 'compra'. Para o banco americano, as revisões negativas para a rentabilidade e o resultado final da empresa no fim de 2024 já foram todas feitas e chegou a hora de aproveitar a baixa e entrar no papel.
A mudança animou os investidores e o papel da Gerdau aparecia nas pontas das maiores altas do Ibovespa, avançando 1,27% perto das 12h. No ano, porém, a ação cai quase 10%. Em 12 meses, a queda é de 30%.
A lucratividade no Brasil, segundo os analistas do Goldman, já está em patamares "insustentavelmente baixos" (abaixo até de 2015), o que associado à "resiliência impressionante" das operações na América do Norte abre espaço para melhoria dos números a partir de agora.
"Também observamos que as revisões para cima nos investimentos também foram concluídas, e embora acreditemos que a Gerdau operará acima dos níveis de manutenção nos próximos 3 anos, o perfil de fluxo de caixa livre em uma base normalizada parece cada vez mais interessante", escrevem os analistas.
Um ciclo de revisão positivo pode ser impulsionado pelo aumento de tarifas de importação no Brasil e dos preços domésticos e pelas revisões para cima nos negócios da América do Norte, à medida que os investidores ganham convicção nas perspectivas de lucratividade mais forte na empresa.
"Com base em ganhos e capex normalizados, a Gerdau está sendo negociada a 3,8x EV/EBITDA e com um rendimento de 14%, o que consideramos atraente", diz o banco.
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Raquel Brandão
Repórter Exame INJornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado