Logo Exame.com
Research

Goldman Sachs vê Bradesco no "caminho certo" para rentabilidade e passa a recomendar compra

Números do segundo trimestre mostram melhora gradual de lucro e ROE e potencial para ganho de mercado com PMEs, dizem analistas

Bradesco: o banco está no caminho certo para entregar um ROE pelo menos alinhado ao seu custo de capital nos próximos trimestres, diz Goldman (Eduardo Frazão/Exame)
Bradesco: o banco está no caminho certo para entregar um ROE pelo menos alinhado ao seu custo de capital nos próximos trimestres, diz Goldman (Eduardo Frazão/Exame)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 19 de agosto de 2024 às 13:14.

Última atualização em 19 de agosto de 2024 às 15:58.

Pouco a pouco os números do Bradesco estão ficando mais animadores. O suficiente para o time do Goldman Sachs rever sua tese e passar a recomendar a compra da ação.

Os números do segundo trimestre vieram como fôlego adicional para a melhora da operação do banco. No período, o lucro líquido recorrente somou R$ 4,71 bilhões, um aumento de 4,4% na comparação anual e de 12% frente ao primeiro trimestre.

SAIBA ANTES: Receba as notícias do INSIGHT no Whatsapp

Para eles os analistas do banco, além das provisões menores, o Bradesco deve se beneficiar da força de sua operação para pequenos e médios empresários, um segmento menos competitivo e no qual o banco é historicamente forte.

“O crescimento dos empréstimos pode se beneficiar de um foco renovado em empréstimos para PMEs, onde o banco ainda tem espaço para ganhar participação de mercado”, diz o relatório.

Agora, avalia o Goldman, o banco está no caminho certo para entregar um ROE pelo menos alinhado ao seu custo de capital nos próximos trimestres.

O retorno sobre patrimônio líquido (ROE), que indica a capacidade do banco de rentabilizar seu capital, chegou a 10,8%, 0,6 ponto percentual acima de um ano antes. A equipe do Goldman acredita que O ROE do Bradesco em 2024 chegue a 11,9%, 14,8% em 2025 e 15,7% em 2026.

Esse “caminho certo” se deve à aceleração do crescimento dos empréstimos, à expansão da margem líquida financeira e à melhoria de qualidade dos ativos.

A possibilidade do ROE se aproximar dos 15% na segunda metade de 2025 justificaria, afirmam os analistas, uma reavaliação contínua das ações para pelo menos o valor patrimonial.

Assim, o banco de investimento americano não só deu upgrade de neutro para compra, como elevou o preço-alvo do papel, que passou de R$ 14 para R$ 17,5, num potencial de valorização de 16% sobre o preço do último fechamento, na sexta-feira, 16.

Para o novo preço-alvo também foi considerada a percepção dos analistas de que, apesar da alta de 17% no último mês, a ação está negociando descontada. Mesmo com esse avanço, a ação teve um desempenho inferior em relação aos seus pares bancários brasileiros no acumulado do ano e é negociada abaixo do valor patrimonial.

O Bradesco tem valor de mercado de R$ 157 bilhões. Com a recomendação de compra do Goldman, a ação subia mais de 4% perto do meio-dia.

Para quem decide. Por quem decide.

Saiba antes. Receba o Insight no seu email

Li e concordo com os Termos de Uso e Política de Privacidade

Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

Continua após a publicidade
Dejà vu: JBS bate (de novo) o consenso, puxada por Seara

Dejà vu: JBS bate (de novo) o consenso, puxada por Seara

Stone bate consenso, com avanço de 20% no TPV e take rate recorde

Stone bate consenso, com avanço de 20% no TPV e take rate recorde