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G2D: Blu, Coinbase e Mercado Bitcoin multiplicam valor em 60 dias pós-IPO

Estratégia da holding é aportar recursos, diretos ou indiretos, em empresas em fases pré-IPO

G2D: investimentos disruptivos em fintechs no Brasil, marcas disruptivas com a londrina The Craftory e mais fundo americano para Vale do Silício (Agência/Getty Images)
G2D: investimentos disruptivos em fintechs no Brasil, marcas disruptivas com a londrina The Craftory e mais fundo americano para Vale do Silício (Agência/Getty Images)

Publicado em 20 de julho de 2021 às 07:00.

Última atualização em 20 de julho de 2021 às 21:09.

Transparência é algo que o mercado gosta. E a G2D, a holding criada e listada na B3 pela GP para investimentos disruptivos, está aproveitando a onda para catequizar seu público. Anunciou ontem à noite, dia 19, que desde a realização da oferta pública inicial (IPO) o valor patrimonial de seus ativos subiu de R$ 6,35 para R$ 9,40. Em quanto tempo esse ganho foi obtido? Resposta: 60 dias, aproximadamente.

A companhia não é um fundo de venture capital, mas funciona com uma lógica muito semelhante a um. Não por acaso, Fersen Lambranho, presidente do conselho de administração e um dos controladores da GP, disse em recente entrevista ao EXAME IN que a G2D é uma democratização do acesso ao varejo a esse tipo de aplicação. O foco dos investimentos são empresas em fase pré-IPO ou outro evento relevante de liquidez. "É onde entedemos que está a melhor relação entre risco e retorno", afirmou Lambranho, na ocasião.

A mais recente adição de valor, motivo do comunicado, foi uma rodada de captação série B da investida Blu, uma fintech brasileira na qual a G2D tem participação direta e não por meio de outros veículos, liderada pela Warburg Pincus.

Com o aporte, os R$ 50 milhões investidos na Blu em 2018 foram agora avaliados em R$ 211 milhões. A G2D recebeu R$ 54 milhões em caixa, por uma venda parcial, e a fatia remanescente na empresa foi avaliada em R$ 157 milhões. É como se toda participação mantida fosse ser, daqui para frente, o retornom — já que o capital aplicado foi recuperado. Está garantido.

De acordo com o comunicado da empresa, a Blu é uma fintech “líder e pioneira em soluções financeiras que conectam o varejo à indústria, oferecendo alternativas para a redução de custo do lojista e aumento de prazo de pagamento na compra de suas mercadorias e permitindo à indústria vender para o varejo sem risco de inadimplência". Hoje, mais de 15 mil lojistas e 2,5 mil indústrias em todo Brasil estão digitalmente conectados pela Blu.

A explosão cripto

Mas a valorização total do patrimônio por ação tem mais duas outras histórias de “sucesso” como alimento. Logo na sequência da estreia da G2D, veio o IPO, nos Estados Unidos, da Coinbase. Assim, em maio mesmo, a G2D recebeu o equivalente a R$ 31 milhões devido à oferta da empresa na Nasdaq — o equivalente a 33 vezes o total aplicado no negócio, por meio de um fundo dedicado a apostas, principalmente, no Vale do Silício.

Há poucos dias, o aporte de R$ 1 bilhão do Softbank na plataforma brasileira Mercado Bitcoin — outra investida direta no Brasil, como a Blu —, fez com que a corretora fosse avaliada em nada menos do que R$ 10,5 bilhões. Pois essa avaliação significa que o capital investido pela G2D teve seu valor multiplicado por 19.

E na B3, o pessoal entendeu? Parece que ainda não. Passados quase exatos dois meses desde a listagem na bolsa brasileira, as ações da G2D estão agora, finalmente, próximas do valor definido para a estreia, em R$ 7,16. No pregão de ontem, segunda-feira, 19, as ações fecharam o dia avaliadas em R$ 7,10. Desde o começo deste mês de julho que os papéis são negociados acima de R$ 7, de forma consecutiva, pela primeira vez.

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