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Dona do Burger King aprova oferta de R$ 120 milhões por Starbucks Brasil

Zamp, que há pouco tempo está sob controle do fundo árabe Mubadala, terá preferência no processo competitivo pela rede de cafeterias, podendo igualar as propostas de terceiros

Starbucks: Zamp estará na condição de “stalking horse bidder”, podendo igualar as propostas de terceiros ou ser indenizada caso não seja a vencedora (Starbucks /Divulgação)
Starbucks: Zamp estará na condição de “stalking horse bidder”, podendo igualar as propostas de terceiros ou ser indenizada caso não seja a vencedora (Starbucks /Divulgação)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 6 de junho de 2024 às 09:26.

Última atualização em 6 de junho de 2024 às 13:32.

O conselho da Zamp, operadora de Burger King e Popeyes no Brasil, aprovou a compra da rede de cafeterias Starbucks por R$ 120 milhões. Esse é o primeiro passo de expansão do negócio depois da Mubadala, gestora de private equity que tem como principal investidor o fundo soberano de Abu Dhabi.

Em abril, a SouthRock aceitou sua proposta indicativa para aquisição dos ativos da Starbucks no país. Com dívidas de R$ 1,8 bilhão, a SouthRock pediu recuperação judicial em novembro. A empresa foi masterfranqueada da Starbucks no Brasil de 2018 a 2023. 

O processo competitivo pelos ativos da Starbucks será por meio de propostas fechadas e a Zamp estará na condição de “stalking horse bidder”, podendo igualar as propostas de terceiros ou ser indenizada caso não seja a vencedora.

Atualmente há cerca de 140 cafeterias Starbucks (a SouthRock fechou 50 lojas nos últimos meses) em operação. O valor de R$ 120 milhões pode ser ajustado à quantidade de lojas a serem adquiridas e ao estoque.

Em 2023, ainda com 190 lojas, a SouthRock faturou algo em torno de R$500 milhões com a operação de Starbucks.

As lojas fechadas eram deficitárias, mas as lojas mantidas operam, em meio à recuperação judicial, com restrições: faltam produtos, como tipos de cafés ou outras bebidas, por exemplo.

A Zamp também chegou a um acordo com a dona da Starbucks para os contratos e a exploração da marca no país. Como a SouthRock está em recuperação judicial, a definição da transação depende de autorização judicial, além da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Além da Starbucks, a SouthRock tinha em seu portfólio as lanchonetes Subway, os restaurantes TGI e o centro comercial de gastronomia italiana Eataly – esse último foi recentemente vendido a um fundo de pessoas físicas. A operação de Subway chegou a ser avaliada pela Cacau Show, mas as conversas esfriaram.

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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